Dois orgulhosos transmontanos de Mirandela e uma açoriana rendida a Trás-os-Montes resolveram criar em Lisboa uma verdadeira “embaixada transmontana”. João Teixeira Lopes, Sérgio Figueiredo e Sónia Dias levam até à capital o que de melhor se faz na região, não só ao nível dos produtos de excelência que podem ser degustados mas também a cultura. A Banca de Pau é uma mercearia e restaurante que deixa os seus clientes deliciados.
A ideia de representar Trás-os-Montes em Lisboa surgiu há três anos pois sempre entenderam que havia a necessidade de a capital ter acesso aos produtos transmontanos, a juntar a isso está a paixão pela cozinha e pela gastronomia de Sérgio Figueiredo e a produção de mel, azeites, vinagres e vinhos de João Teixeira Lopes.
“A ideia é abarcar um pouco de tudo, não temos limites porque isto é uma mercearia e um pequeno restaurante que vai inovando e já vários clientes transmontanos e não só nos disseram que somos uma embaixada transmontana aqui em Lisboa e foi sempre essa a nossa ideia, representar a região com orgulho procurando determinados produtores e fornecedores, seleccionar aqueles que são mais capazes e mais profissionais para ter aqui o melhor”, refere João Teixeira Lopes.
Apesar dos quase 500 quilómetros que separam Trás-os-Montes de Lisboa a Banca de Pau faz questão de ter sempre pão da região para apresentar aos seus clientes, o que por vezes implica um grande esforço.
“Não é fácil e tem um custo elevado o transporte sobretudo para pequenas quantidades e temos que ir buscar ao autocarro o que aqui se torna uma massada por causa do trânsito que por vezes é caótico”, explica o empresário, acrescentando que mesmo assim a acessibilidade evoluiu muito e que “o sistema de logística nacional está melhorar a meu ver e por isso é mais fácil enviar e receber encomendas refrigeradas e nesse sentido tudo cá chega”.
A cidade de Lisboa é cada vez mais uma referência turística mundial o que faz com que entre 60 a 70% dos clientes da Banca de Pau sejam estrangeiros, que não fazem ideia o que é e onde fica Trás-os-Montes. Mas o conceito deste estabelecimento exige apresentar tudo que é vendido, o pão, os azeites, os vinhos etc. “A própria alheira temos que apresentar e estamos sempre a sugerir-lhes para irem visitar. Notamos já uma tendência significativa de gente que vai daqui para o Porto, que vai fazer o cruzeiro no Douro e que por vezes vão a Trás-os-Montes”, frisa João, acrescentando que fazem a divulgação da “nossa região pela qual temos orgulho e amamos naturalmente, dizendo sempre que é uma região única que merece a visita e que ainda não está muito divulgada, que se quiserem paisagem, comida e gente é ali que tem no melhor de Portugal”.
Produtos atractivos
João Teixeira Lopes diz que ao longo destes três anos tem vindo a conhecer cada vez maistransmontanos que apostam na produção de excelência com um design inovador de produtos que embelezam as suas prateleira.
“É cada vez mais evidente que começa a haver mais produtos transmontanos de qualidade com bom aspecto, design profissional que pretendem criar o seu caminho ligados a Trás-os-Montes e ter produtos de boa qualidade”, conta.
A Banca de Pau continua a ser mais frequentada por estrangeiros, no entanto, os portugueses começam a identificar-se cada vez mais com o conceito.
“Os portugueses são pouco reaccionários à descoberta de novas coisas e depois também estranham por vezes o preço por ser um pouco mais alto esquecendo-se que toda a logística tem um preço, as rendas triplicam entre outras coisas”, frisa o proprietário.
A Banca de Pau pretende ter sempre os melhores produtos, sabendo que o foco será sempre na qualidade e não na quantidade.
“Não pretendemos ir pela quantidade e sim qualidade, pela excelência, e não ter um turismo de massas mas sim de qualidade em que procuram aquilo que temos para oferecer e o que me parece que cada vez a mais pessoas estão viradas para isso. Nós temos que fazer tal como o Alentejo e o Algarve, fazer o nosso caminho que tem de ir pela qualidade e pela humanidade que nós lá em cima temos de uma forma bem vincada e que todo o mundo deveria ter acesso a ela e também a nossa riqueza cultural e social”, conclui João Teixeira Lopes, dizendo que quando chegou a Lisboa para estudar na universidade sempre que lhe perguntavam de onde vinha sempre disse: de Mirandela com orgulho.
Neste espaço encontra todo o tipo de enchidos transmontanos, hortaliças, azeites, vinagres, compotas, mel, pão, queijos e muito mais. Não só produtos gastronómicos mas também as famosas máscaras transmontanas e fatos dos caretos de Podence. Livros de autores transmontanos também são comercializados neste local.
Por Cátia Barreira
Revista Raízes
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