A organização da primeira marcha de orgulho gay em Bragança, marcada para 19 de maio, provocou esta sexta-feira de manhã, na Assembleia Municipal, uma acesa discussão depois de os representantes do Bloco de Esquerda terem proposto um voto de congratulação pela organização da iniciativa.
A proposta foi aprovada por 18 votos a favor, um contra e 43 abstenções. Os votos favoráveis à marcha partiram dos elementos do Bloco de Esquerda, do PS e do PCP. Foram os membros do PSD que usaram a possibilidade da abstenção.
Um deputado do PS, Alfredo Teixeira, que votou a favor e fez uma declaração de voto, explicou "que se trata dos princípios mais básicos da democracia e dos regimes democráticos". Já da parte do PSD, Eduardo Malhão, justificou a sua abstenção dizendo que "a mesma liberdade que uns têm para defender é a mesma para não defender e não percebo porque é que a liberdade dos que estão a favor é diferente dos que estão contra".
Também houve quem tenha lamentado que o Bloco de Esquerda tenha ido à Assembleia Municipal "pôr em evidência um fenómeno destes quando há outros fenómenos importantíssimos dos quais não falam, o que é destruir os valores, porque se tratam de movimentos não formativos e destruidores dos valores que levaram ao 25 de abril".
O movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) tem como objetivo com a realização da marcha um primeiro passo para deixar de ter medo do tema numa cidade tida como conservadora.
Glória Lopes
Jornal de Notícias
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