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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

VALE DE TELHAS - Freguesias do Concelho de Mirandela

Casa em Vale de Telhas
VALE DE TELHAS é uma freguesia do concelho de Mirandela, situada entre os rios Rabaçal e Tuela, a cerca de 15 km da sede de concelho e a 12 de Torre de D. Chama. O orago é Santo Ildefonso e foi um dos centros arqueológicos mais fecundos da província transmontana, acabando por concluir que o povoamento no termo da freguesia é anterior ao século XII, abrangendo épocas pré e proto históricas. O Cabeço poderá ter sido um Castro. Outros lugares relacionados com essas épocas: Sainça, S. Pedrinho, Cabeços de Monchicara e da Muralha.
Miliários, Fonte dos Mouros com arco Romano, restos de edifícios e até restos de telhas, indicam nos uma presença romana abundante. Por outro lado, o itinerário Antonino refere que havia o caminho romano de Braga para Astorga, passando por Chaves, Vale de Telhas, Vinhais, e por aí fora. O nome de Vale de Telhas está também relacionado com as telhas que apareciam abundantemente, e com a situação do terreno, isto é num vale profundo protegido por várias encostas dos cabeços atrás referidos. O local poderá ter sido um Villar do Tua pertencente à Terra de Ledra do século XII e XIII.
A paróquia já estava constituída no século XIII para o XIV. D. Dinis concede lhe Carta de Foral a 22 de Junho de 1289, mas nunca chegou a ser concelho. Apesar da sujeição inicial a Mirandela, surge depois ligada ao concelho de Torre de D. Chama, até à extinção deste em 24 X 1855, passando desde então a pertencer ao actual. Em termos de progresso, não teve grandes alterações. Em 1865 tinha 116 fogos, e, por essa altura, passou a ter escola primária.
Quanto à sua população verificamos que em 1950 possuía 593 habitantes, sendo 289 do sexo masculino e 304 do feminino. Mas em 1991 eram 320 pessoas ali a residirem.
Para em 2001 atingirem as 363, sendo 181 do sexo masculino. A actividade principal é a agricultura e em simultâneo alguma pecuária. Produções abundantes de azeitona, pêssegos, amêndoa, vinho, frutas, cereal, figos. Ainda têm três rebanhos e uma vacaria. Usam a carroça, e alguns tractores. Têm a Casa do Povo, logo à entrada, a Capela de S. Sebastião com Cruzeiro encimado por um globo. A seguir está a Rua Direita com casas em cantaria e mostrando que pertenceram a senhores rurais ricos. Depois, o casario estende se pela encosta até ao fundo do vale, passando pela Igreja Matriz. Esta é em granito, com campanário de 2 sinos. Dentro tem um coro e altares com alguma talha dourada. O tecto é em madeira e ostenta a data de 1730. O púlpito, bonito, também granítico dá um aspecto de antiguidade, riqueza e beleza ao monumento. No fundo do Vale tem um Largo com uma casa Brasonada e capela, e, defronte, a Fonte Romana. Aqui há uma casa tipicamente transmontana, onde sobressai para a retaguarda da mesma, uma larga e comprida varanda em madeira que no verão está cheia de figos e outros frutos a secarem. As ruas estão calcetadas, tendo já saneamento e água canalizada. Têm campo de futebol, e querem sempre mostrar nos a Capela da Sr.a do Barreiro, cuja festa é a 2 de Fevereiro. Costumam juntar se no Santo, Fundo do Adro ou na Rua da Figueira, naqueles tempos de lazer.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, coordenado por Barroso da Fonte.

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