segunda-feira, 23 de julho de 2018

II edição do Festival D’Onor que pretende revitalizar tradições ancestrais

A aldeia de Rio de Onor, no concelho de Bragança acolheu o Festival D’Onor, neste fim-de-semana.
Um momento cultural que tem como base a cultura e tradições transmontanas e que contou com muitas actividades desde um percurso pedestre, um de automóveis antigos e desportivos. Uma homenagem ao gaiteiro espanhol Juan Prieto Ximeno, almoços comunitários, pão quente a sair do forno e música tradicional.

Outra actividade tradicional foi a Ronda Cultural e das Adegas, um percurso acompanhado por gaiteiros e músicos, pela aldeia de Rio de Onor e a Rihonor de Castilla, que aconteceu no sábado. Na Ronda a assistir estava Pablo Serrano, de Verín. Veio conhecer a aldeia eleita como uma das 7 Maravilhas de Portugal, um interesse antigo, confessa.

“Porque tenho amigos tanto na parte espanhola, como na portuguesa. Mas esta é a minha primeira visita. Tinha interesse em conhecer as duas aldeias e misturar-me com a população e melhor dia é hoje. E por isso estamos aqui, eu e a minha família, a minha mulher e os meus netos. Viemos 4 de Verín. E como gosto de caminhadas, a natureza e o meu trabalho sempre foi o meio-ambiente. Este lugar é o meu habitat. Não venho enganado”, destacou Pablo Serrano, um visitante do festival.

Assunção Forte veio de Santo Tirso. Conhece a aldeia há 22 anos e ressalva o carácter genuíno da aldeia.

“Vim com duas amigas, apesar já estar familiarizada com a aldeia de rio de Onor, há 22 anos. Tenho amigos em Rio de Onor e para mim é uma aldeia por excelência. Adoro esta aldeia e o genuíno é isto mesmo”, disse Assunção Forte.

Para receber os visitantes, estava a loja de artesanato de Pedro Fernandes, que constrói máscaras. Para o artesão o festival tem a maior importância de forma a mostrar aos mais jovens as tradições antigas. 

“Acho que é extremamente importante um festival nesta aldeia para relembrar às pessoas de cá como era antigamente. O gaiteiro era tudo. Era como se fosse o DJ de hoje em dia. Porque antigamente, não havia distracções e o gaiteiro era muito importante. Portanto, é relembrar às pessoas antigas e mostrar aos jovens actualmente o que eram estes costumes e tradições. De certa forma para que se dê valor a isto, retornem e se fixem porque isto é o essencial para as aldeias” referiu, o artesão Pedro Fernandes.

O Festival D’Onor aconteceu neste fim-de-semana na segunda edição do evento. A organização esteve a cargo de Montes de Festa Associação com o apoio do Município de Bragança, no valor de 2500 euros.

Escrito por Brigantia
Maria João Canadas

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