O Ministro do Ambiente afirma que a multa aplicada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta à Diputácion de Zamora a propósito da realização de um trail que passou pelo Parque Natural de Montesinho se deveu ao risco de incêndio.
A prova realizou-se a 18 de Junho do ano passado, altura dos incêndios de Pedrógão Grande e que devido ao elevado risco de incêndio a prova em área protegida não era permitida, explicou hoje em Bragança João Matos Fernandes. “Já foi tudo dito sobre essa multa. Nesse dia o risco de incêndio era máximo, havia uma actividade que teve de obviamente de ser cancelada e os promotores não cancelaram”, disse apenas.
Esta é uma explicação que não convence o presidente do município de Bragança, Hernâni Dias.
“Neste caso, o ICNF apresenta os seus argumentos. Tudo pode acontecer, se estivéssemos a falar de uma actividade agrícola com máquinas a trabalhar que podem provocar incêndios seria uma situação, mas se falamos de pessoas que vão para uma actividade como uma caminhada e um trail, sem nenhum objecto que possa provocar incêndio, isso não se compreende”, referiu.
Perante as críticas aos actuais planos de ordenamento dos parques naturais e à intenção de recondução, o ministro do Ambiente garantiu que vai haver alterações e que os municípios terão poder de decisão em matéria de autorizações.
Para o autarca de Bragança, um dos concelhos abrangidos pelo Parque Natural de Montesinho, essas serão alterações positivas.
Apesar de ter ouvido hoje abertura por parte do Ministro para debater o tema, Hernâni Dias afirma que ainda não foram ouvidos ou foi agendada qualquer reunião com a tutela para serem expostas as exigências dos autarcas sobre os agora chamados programas que vão regulamentar as áreas protegidas e que estão agora em processo de construção.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário