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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Nova praga que seca castanheiros preocupa produtores

Tipo de insecto ainda não foi identificado, mas este ano já afectou dezenas de soutos nos concelhos de Vinhais, Bragança e Macedo.
Uma nova praga está a secar por completo os castanheiros na região. Trata-se de um tipo de insecto que se instala no tronco da árvore, que ganha uma casca rugosa, acabando por matá-la. Os maiores focos foram registados em Paçó e Passo de Lomba, no concelho de Vinhais e no Parâmio, no concelho de Bragança, mas foram também encontrados vestígios em outras localidades, inclusivamente no concelho de Macedo de Cavaleiros. Leonel Rodrigues tem vários soutos na localidade de Martim, no Zoio, Bragança, que foram atacados pela praga:

“Em todos os soutos há um ou dois. Este é um problema que afecta por completo o castanheiro acabando por ter uma morte súbita, secando no espaço de um ou dois meses. Eu já tenho à volta de 40 castanheiros secos, por causa desse problema. Os castanheiros que estão a ser afectados têm idade de 12 anos e iam a começar a dar castanhas agora. Não há muita coisa a fazer porque o insecto ataca o pé do castanheiro e existe lá uma grande quantidade de óvulos. O castanheiro apresenta uma «pele de sapo», isto é, uma casca rugosa e dá origem a que o castanheiro comece a ficar afectado. Gastamos muito dinheiro nas plantações e quando se vai ter alguma rentabilidade, o castanheiro seca” queixou-se Leonel Rodrigues, produtor de castanhas.

As entidades competentes, desde a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), estão já a par da situação, estando esta última instituição a analisar os insectos e as larvas encontradas pelos agricultores, para determinar qual a espécie e posteriormente ser delineado um plano de combate. A ponte está a ser feita também através das associações de produtores, como refere Abel Pereira, da Arborea – a Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana:

“Temos recebido algumas informações de algumas pessoas que nos têm contactado nesse sentido, e a dizer que as árvores estão a morrer. Entretanto, comunicamos à Direcção regional e ao IPB para investigar a situação. Está a ser analisar a natureza do «bichinho». O que se sabe é que ele está localizado em determinados soutos e é nesses que faz alguns estragos. Os maiores prejuízos verificados registam-se em soutos com mais de 10 anos, que poder secar” alerta Abel Pereira.
Para já os produtores de castanha que encontrarem problemas com os castanheiros devem comunicar às associações de produtores ou à DRAPN para identificar os locais afectados e preparar um plano de combate a esta praga.

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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