Da autoria das artistas Maria Pedro Olaio e Sofia de Medeiros, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, abriu, sexta-feira, portas à exposição "De Dentro Para Fora".
Na exposição conjunta, que resulta de um projecto que conta com o apoio do Governo Regional dos Açores, colocam-se em diálogo diferentes materiais, trabalhados numa tensão que envolve, por um lado, a expressividade das cerâmicas, e, por outro, a leveza dos tecidos e a dureza do ferro, conforme explica Sofia de Medeiros. "É uma exposição com duas áreas artistas diferentes, cerâmica e escultura, que se conjugam perfeitamente. É um projecto comum, que eu e a Maria já tinjamos, em que estas duas linguagens, em que a pureza do branco da porcelana com o ruído dos têxteis e a cor, e a dureza do ferro, trazem ao público de Bragança um bocadinho dos Açores".
Cada uma das peças convoca diversos conceitos e acaba por ter tudo a ver com a questão do interior e do exterior, assim como do superficial e da profundidade. Maria Pedro Olaio admite que é uma tentativa de voltar-se à humanidade que se perdeu. "É aquilo que eu acho que o ser humano se tornou e que se está a tornar: oco. O ouro, em contrapartida com a leveza do branco é a ostentação. As peças querem dizer sempre qualquer coisa, têm uma mensagem de 'vamos mudar a humanidade, vamos ser humanos outra vez'".
O branco, a porcelana, as cores, o têxtil e o ferro vistos "De Dentro Para Fora" na nova exposição do Museu do Abade de Baçal.
Escrito por Brigantia
Carina Alves
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