É um problema que afecta as escolas no início de cada ano lectivo.
A falta de assistentes operacionais é comum a praticamente todos os estabelecimentos de ensino, mesmo tendo em conta que o rácio estipulado possa estar a ser cumprido. É o caso do Agrupamento de Escolas de Mirandela cujo rácio está dentro do previsto, só que a realidade no terreno é outra, principalmente porque a abrangência geográfica do agrupamento é enorme.
Vítor Esteves, director do Agrupamento de escolas de Mirandela, faz as contas e chega à conclusão que faltam cerca de duas dezenas de assistentes operacionais. "Continuamos com carências significativas, pelo menos menos nalguns momentos de ponta, por exemplo das refeições, na altura do intervalo. Nomeadamente na Luciano Cordeiro, precisávamos de mais efectivos e há uma promessa da câmara municipal em arranjar mais gente. Se calhar precisávamos de mais 20 mas mais meia dúzia, não sei se chegavam mas mais dúzia. Há muita gente de baixa, o ano passado até propusemos o caso à DGESTE, que estavam 11 pessoas de baixa de longa duração, e eles foram sensíveis mas o que é facto é que depois não se concretizou na".
O vereador do pelouro da educação do Município de Mirandela, Orlando Pires, confirma que já estão a ser preenchidas algumas vagas de assistentes operacionais. "Em relação aos assistentes operacionais, já o ano lectivo foi exemplo disso e tivemos a possibilidade de afectar à educação e ao agrupamento de escolas muito mais assistentes operacionais do que aquilo que era o rácio para que tudo funcionasse bem. Este ano estamos a fazê-lo da mesma forma, foi feita a selecção desses assistentes operacionais, alguns já começaram a trabalhar no agrupamento, outros vão-se apresentar na segunda-feira porque vão resolver questões burocráticas. Pela primeira vez garantir um assistente operacional que vai acompanhar e monitorizar o funcionamento dos gimnodesportivos da escola secundária e da Luciano Cordeiro".
Quanto ao início do ano lectivo, apesar das várias alterações, fruto das obras na secundária e dos equipamentos reabilitados na Luciano Cordeiro e na escola do Convento, Vítor Esteves diz que as coisas estão a correr dentro da normalidade. "Está tudo organizado e está tudo a funcionar. Agora, naturalmente, quando há transformações desta natureza, há sempre pequenas coisas a ajustar mas isso não compromete o normal funcionamento do ano lectivo e ele está a arrancar sem qualquer dificuldade maior. Para além de termos já três unidades requalificadas, o ginásio, onde estamos a ter melhor qualidade para a prática de educação física, o bloco 1 e o bloco de electrotecnia, há uma coisa que me dá também bastante conforto, também os intervalos são importantes e o ano passado no espaço onde o terceiro ciclo se instalava, na escola secundária, era curto, este ano já é muito maior".
Apesar das obras na secundária e dos novos equipamentos em mais duas escolas, o arranque do ano lectivo, por Mirandela, está a decorrer dentro da normalidade.
Escrito por Terra Quente (CIR)
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