O arranque oficial do Laboratório de Artes de Montanha Graça Morais está agendado para novembro com a ambição de transformar Bragança num centro de manifestações artísticas, anunciou hoje o presidente do Instituto Politécnico, Orlando Rodrigues.
O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é a entidade que coordena este projeto, formalizado em julho, em Bragança, com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e apresentado como "pioneiro no país", envolvendo várias entidades.
O presidente do IPB anunciou hoje que "dia 17 de novembro (será) o lançamento oficial do laboratório associado à inauguração de uma exposição de pintura da artista Graça Morais", a pintora em torno de quem surgiu este projeto para, além do estudo da obra desta e outros artistas, fazer a recolha das manifestações culturais da região e promover eventos ligados às artes.
O projeto foi, como explicou à Lusa o presidente do IPB, aprovado em Conselho de Ministros no âmbito das medidas nacionais de coesão territorial.
O processo para começar a funcionar está a andar e o politécnico já publicou o edital para recrutamento de um investigador doutorado para trabalhar nas áreas da recolha de manifestações culturais da região.
Logo que o concurso "esteja concluído dentro de um ou dois meses, começará de imediato a trabalhar".
Segundo disse, numa fase posterior, "logo que haja condições financeiras" serão contratados mais investigadores para fazerem a dinamização cultural associada ao laboratório.
"O que se pretende com este laboratório é que investigar a cultura, as manifestações culturais e os seus atores e o trabalho que têm feito, recolher esse trabalho, sistematizá-lo e disponibilizá-lo ao público", apontou.
O projeto ambiciona também "fazer da região um "hub" (centro) de manifestações culturais, atraindo artistas de todo o mundo, cursos de verão, simpósios, seminários, workshops, residências artísticas e todas as possibilidades de juntar artistas para que criem conjuntamente", segundo ainda o responsável.
"Gostaríamos de criar de facto na nossa região um centro das artes, é essa a ambição deste laboratório", enfatizou.
A ideia foi impulsionada pelo ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, com a perspetiva de que "vai criar um novo foco de emprego científico" que permitirá a investigadores e estudantes do politécnico de Bragança estudar a obra da pintora Graça Morais.
O projeto foi apresentado como pioneiro no país e junta várias entidades, além da própria pintora Graça Morais que disponibilizará a sua obra para estudo.
Entre os parceiros estão a Câmara de Bragança, Instituto Politécnico de Bragança, Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (Bragança), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade Nova de Lisboa, Instituto da História da Arte e apoio da Fundação da Ciência e Tecnologia.
Agência Lusa
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