É importante preservar sementes e plantas autóctones, esta foi a principal ideia que Atimati Aroso defendeu no I Encontro de Troca de Sementes e Plantas, que teve lugar em Portela, na sede da Azimute, em Bragança.
A especialista defende que é necessário regressar aos métodos tradicionais de recolha de sementes para uma alimentação saudável. "Hoje em dia vai-se às cooperativas e às lojas e compra-se as plantas já geminadas e quem as gemina nos viveiros compra os pacotes e as pessoas não sabem qual é a origem. A maior parte das vezes essas sementes são produzidas a milhares de quilómetros daqui e essas variedades, a maior parte das vezes, já não estão adaptadas ao local de origem o que provoca um abaixamento do sistema imunológico e tona-se mais susceptível de ser atacada por pragas e doenças".
A especialista em agricultura biológica destaca que “os químicos são nocivos para a saúde, solos, plantas e animais”. Segundo Amati Aroso, para fazer uma "agricultura sem químicos", é necessário ir buscar as sementes e plantas que estavam "bem adaptadas ao clima e ao solo, sobretudo ao solo porque o clima está a enlouquecer".
A iniciativa foi promovida pela Azimute, onde após a conferência teve lugar troca de sementes. A associação promoveu ainda o prémio sementes com vida que ganhou o prémio Missão Continente no ano passado.
Escrito por Brigantia
Maria João Canadas
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