“Fala-se muito do interior mas faz-se pouco” são palavras de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP que esteve na cidade, este sábado para a eleição da direcção da União de Sindicatos de Bragança.
De acordo com Arménio Carlos, é preciso criar mais investimento na região: “esta matéria de se olhar para o interior de outra forma nós já ouvimos há 20 ou 30 anos. O problema é que se fala muito e faz-se pouco. E nós precisamos de começar a fazer mais, e para fazer mais é necessário mais investimento e desenvolvimento e mais medidas objectivas para conseguir este desiderato. E isso não se está a verificar. Nós olhamos para a proposta de Orçamento de Estado que está Assembleia da Republica e não vemos nada de especial no que diz ao interior do país”.
Para o secretário-geral da CGTP a precariedade do emprego é o maior problema que a região enfrenta: “a precariedade é um vírus que se instalou e que continua a generalizar-se nas pequenas, médias e grandes empresas. E esta precariedade associada aos baixos salários acaba também por empurrar o salário médio de Bragança para muito abaixo daquele é o salário médio a nível nacional. Sobre este ponto de vista, nós pensamos que é necessário alterar a legislação do trabalho. Porque a proposta que foi apresentada pelo governo na Assembleia da República não só mantém tudo o que pior existia, como lhe dá continuidade. Estou a falar da precariedade, dos bloqueios à contratação colectiva e do modelo de baixos salários”.
Para além dos problemas que a região atravessa como o envelhecimento da população e a falta de emprego, outro aspecto salientado foi a falta de investimento ao nível da mobilidade.
“Por outro lado, outro aspecto que foi muito debatido é a necessidade de melhorar a qualidade das respostas aos serviços públicos aos variados níveis, sem esquecer a mobilidade. Este distrito continua a ter muitíssimos problemas ao nível da mobilidade. Precisamos de condições e mais investimento, nesta área”, acrescentou Arménio Carlos.
Como medidas para a fixação de jovens, foi apontada a criação de emprego com qualidade e a melhoria dos serviços públicos. Na votação da nova direcção da União de Sindicatos apenas concorreu uma lista, com 41 fotos a favor, 0 nulos e um em branco. No dia 15 de Novembro vai haver uma greve nacional alargada também ao sector privado.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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