Sensores vão monitorizar o Parque Natural de Montesinho para detectar e prevenir incêndios. O projecto-piloto é um dos dois no distrito de Bragança apoiados pelo Fundação La Caixa, através do Programa Promove - Dinamização de Regiões Fronteiriças.
Chama-se Safe, Sistema de monitorização e alerta florestal, e foi idealizado no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e vai ter 100 mil euros para ser desenvolvido. Detectar e comunicar ocorrências com rapidez e sem falhas são os objetivos.
“Vão antecipar e fazer a detecção de incêndios o mais rápido possível, neste momento isso é feito através de postos de vigilância, que podem ter falhas. A ideia é ter um sistema 100% atento, 24 horas por dia, que detecte quer condições propícias a fogos quer ignições e alerte de forma mais rápida”, explica José Lima, investigador do Centro de Investigação em Digitalização e Inteligência Robótica do IPB.
Os dispositivos, que serão do tamanho de um telemóvel, vão ser instalados no Parque Natural de Montesinho. Os sensores estão a ser estudados, faltando ainda definir a localização, bem como os parâmetros a ser medidos em cada ponto.
“Esses dispositivos comunicam entre si, completamente autónomos das redes actuais, quer seja GSM, de telemóveis ou Siresp, e depois chegam a uma central, que deverá estar no IPB e daqui é despoletado um alerta para as autoridades”, acrescenta.
O processo começa já no início de 2019, prevendo-se que ao fim de 2 anos já haja protótipos no terreno.
Outro dos projectos apoiados pelo programa Promove na região será o Natureza Virtual, idealizado pelo Centro Ciência Viva de Bragança (CCVB). Trata-se da criação de quatro módulos interativos de interpretação de valores naturais e divulgação dos recursos da região do Douro e da restante Reserva da Biosfera da Meseta Ibérica. Dois dos módulos vão proporcionar experiências imersivas. “Serão instalados na Casa da Seda para reforçar a exposição interactiva e como os conteúdos remetem para a região, qualquer pessoa terá uma experiência imersiva do que poderá experimentar depois no local”, explica Ivone Fachada, do CCVB como explica Ivone Fachada, do Centro do Ciência Viva de Bragança.
A esta vertente junta-se o projecto já em desenvolvimento Silk House, que vai permitir tornar o edifício da Casa da Seda auto-sustentável do ponto de vista energético. O quarto módulo inclui um sistema de monitorização do Rio Fervença, utilizando sensores para armazenar dados. O projecto tem um orçamento de 130 mil euros e recebe 97 mil de apoio da Fundação.
Escrito por Brigantia
Foto: Fundação la Caixa
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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