A ESA do Instituto Politécnico de Bragança realizou ontem um seminário e exposição para mostrar a implementação de vários projectos que ajudam a melhorar a produção pecuária, na área da avicultura e caprinocultura.
A Escola Superior Agrária de Bragança tem em curso um conjunto de projectos que visam dar aconselhamento agrícola e formação na Guiné Bissau para melhorar a produção pecuária, na área da avicultura e caprinocultura, como destacou Hélder Quintas, professor na ESA.
“Aquilo que nós pretendemos e aquilo que nós fizemos foi dar aconselhamento agrícola, pecuário e formação de pessoas a nível local, para tendo em atenção as particularidades das regiões onde nós intervimos, aproveitar as matérias-primas locais para melhorar os sistemas de produção quer pecuários, quer agrícolas, permitindo também um melhor abastecimento alimentar, assim como a segurança, num paradigma diferente que nós conhecemos”, contou Hélder Quintas.
Os projectos foram ontem apresentados no semanário «Cooperação Agro-pecuária com a Guiné-Bissau: passado, presente e futuro», fruto do trabalho de cooperação entre a ESA, o Instituto Marquês de Valle Flôr, como frisou João Monteiro, desta fundação.
“Inicialmente com um projecto de produção da gado bovino, nas zonas de leste da Guiné-Bissau, concretamente na região de Gabu e aí apoiamos uma associação de criadores a melhorar o efectivo, resolvemos alguns problemas do acesso à água, no acesso à alimentação, mas também na formação de técnicos sanitários. Então nós tivemos oportunidade de lançar os primeiros paraveterinários na região de Gabu. E mais concretamente de 2015 até hoje, temos vindo a trabalhar com enfoque animais de ciclo curto, nomeadamente nas galinhas mas também nas cabras, na região de Cacheu. Aí também já criamos 21 paraveterinários, 6 dos quais já estão a trabalhar com a direcção geral de pecuária da Guiné-Bissau”, contou João Monteiro.
Outro parceiro é Banco Mundial que está a financiar o curso de cuidados veterinários a 16 alunos, 7 do sexo feminino e 9 masculino, com a duração de 2 anos, e no valor de meio milhão de euros. O IPB foi o seleccionado, como referiu Regina Spencer, coordenadora da unidade de gestão do Banco Mundial.
“Seleccionámos o IPB pela qualidade da formação que são ministradas e pela relação que existe já com o país. Entretanto, se todos tiverem um bom aproveitamento queremos que sigam Medicina Veterinária, com a formação de 16 jovens quadros. Porque neste momento, a Guiné-Bissau tem um défice muito grande de técnicos formados. Há quase vinte anos que não se forma um médico veterinário. Neste momento, dos que temos no activo são que 3 vão para reforma, ficando 2 no activo. O Banco Mundial decidiu financiar a formação destes jovens quadros”, contou Regina Spencer.
No final do seminário foi inaugurada uma exposição fotográfica com 15 retratos da autoria de Gustavo Lopes Pereira e Hélder Quintas, que mostram a execução dos projectos. Também foi apresentado o Manuel Prático de Formação de Paraveterinários- Criação de Pequeno ruminantes na Guiné-Bissau.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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