terça-feira, 30 de abril de 2019

SUAVES MILAGRES DA CRIAÇÃO

Olá minha gente!

Estamos chegados ao final de Abril e, passados mais de vinte anos, voltou a nevar no dia 24 de Abril. Como nos disseram os nossos tios e tias, “as zurbadas que vieram foram ouro que caiu do céu”. Agora é só esperar que as terras permitam que se comece a “vergar a mola”, o que deve acontecer em breve, já que o sol vai voltar.

No passado Domingo estivemos em directo de Vilar dos Peregrinos (Vinhais), a fazer o Especial Domingão, na capela do S. Jorge. Embora o dia de S. Jorge fosse a 23 de Abril, a Associação Cultural e Recreativa da aldeia decidiu fazer um almoço naquele dia com cordeiros, leitões, frangos, pão e sobremesas, oferecidos pelas pessoas da aldeia ao S. Jorge, para angariar fundos que reverterão para a festa grande, a realizar nos dia 24 e 25 de Agosto.

A tia Graça do Cavaquinho, a nossa minhota que vive no cruzamento de Pombares (Bragança), contou-nos que há uns tempos lhe apareceu uma cadela prenha no estábulo das ovelhas e ficou por lá a viver com elas. Entretanto pariu e os cachorros não resistiram ao pisotear do rebanho. Começou então a amamentar um cordeirinho de uma ovelha que teve dois. Como não é uma coisa muito normal, embora já haja conhecimento de outros casos idênticos, perguntei à minha cunhada, Elsa Fernandes, que é veterinária, que explicação havia para que animais “adoptem” crias de outra espécie:

“Os cães são animais sociais, por isso gostam de interacção com humanos e não-humanos também. Assim, os cães facilmente aceitam outras espécie animais. É claro que eles preferem interagir com outros cães, mas são capazes de se ligar a qualquer outra espécie, se forem criadas as circunstâncias certas. Os cães sentem-se desconfortáveis quando estão sozinhos. Adoptar um animal de outra espécie na sua matilha é assim um mecanismo de suporte.

Está descrito que os cães adoptam gatinhos, cordeirinhos, cabritinhos, patinhos e até tigres bebés! Desde os animais domésticos até aos mais exóticos tem-se assistido a cães aceitarem todo o tipo de animais não caninos na sua matilha. Mas então porquê? Ver esta foto ternurenta aquece-nos o coração e é inevitável não sorrir à constatação desta realidade.

As cadelas tem mais probabilidade de adoptar do que qualquer outro animal devido a biologia específica da espécie. Todos os mamíferos libertam certas feromonas-químicos libertados que servem de comunicação através do olfacto. Assim, os mamíferos bebés ao libertarem as feromonas emitem um pedido de ajuda que é detectado pelo excelente faro das cadelas que o interpretam e respondem a esse pedido de ajuda oferecendo aos animais bebés os seus instintos maternais e desta forma começando a tratá-los como se dos seus próprios cachorros se tratasse! Assim é a sabedoria da natureza!”

Na última semana estiveram de parabéns o tio Póvoa (67), de Tinhela (Valpaços); a tia Maria Lúcia (61), de Pinelo (Vimioso); o tio Marcolino (68), de Mirandela; o Hugo Miguel (28), de Milhão (Bragança); o tio Fernando Correia (78), de Zava (Mogadouro); a Susana Mesquita (37), de Bragança; a tia Justina (82), de Grijó (Bragança) e o primo Martim, de Rio Frio (Bragança). A todos muita saúde e paz, que o resto a gente até faz!

Tio João
in:jornalnordeste.com

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