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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Primeiras descobertas arqueológicas no Castelo de Outeiro, Bragança

Estão em curso os trabalhos arqueológicos no Castelo de Outeiro, freguesia de Outeiro, concelho de Bragança, no âmbito da Operação Castelos a Norte, promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte e cofinanciada pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.

Estes trabalhos arqueológicos, com uma equipa técnica da empresa Arqueologia & Património, visam a identificação, registo, estudo, valorização e salvaguarda dos vestígios arqueológicos que se encontrem preservados na área intramuros deste monumento, classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público. 

Neste momento estão a ser realizadas sondagens arqueológicas prévias de avaliação e diagnóstico e, em função dos resultados das mesmas, vão ser estabelecidas áreas de intervenção mais alargada. As sondagens prévias, num total de 60 m2, estão disseminadas de forma homogénea por toda a área do monumento. A escavação em área definida a partir dos resultados dessas sondagens deverá, posteriormente, ser alargada em mais 200m². 

Trata-se de um projeto de revitalização que incide em ações de estudo, recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural, pretendendo-se potenciar o usufruto do monumento pela população local e pelos turistas que acorrem à região, com um investimento global de cerca de 107 mil euros.

Esta intervenção arqueológica, com um prazo de execução de 2 meses, constitui a ação base da operação que está a ser executada neste monumento, permitindo o estudo e exumação de trechos da sua estrutura defensiva, assim como de estruturas habitacionais, os quais serão objeto de empreitada de conservação e restauro que irá realizar-se subsequentemente e em ação específica.

Com as primeiras sondagens foram já detetadas algumas estruturas (paredes de compartimentos na zona da torre) e pavimentos que organizavam o antigo castelo medieval, sendo que, neste momento, as sondagens arqueológicas estão a decorrer em áreas de cotas mais baixas, numa plataforma semicircular que é circundada por um troço da muralha em alvenaria de xisto.

A Fortaleza de Outeiro desempenhou um importante papel na definição e manutenção da fronteira portuguesa na região do Nordeste Transmontano, constituindo, ao longo da Idade Média e Idade Moderna, um ponto estratégico de inegável importância regional. Atualmente todos os vestígios estruturais da antiga fortaleza encontram-se em mau estado de conservação, revelando uma pálida imagem da importância histórica do local. 

As muralhas e restantes vestígios ainda visíveis remontam à Baixa Idade Média, muito provavelmente ao reinado de D. Dinis. Organizada a partir de uma planta subcircular, cujas características gerais poderão ser genericamente aferidas a partir do registo feito por Duarte d'Armas, a antiga fortaleza era constituída por uma torre de menagem retangular, aparentemente adossada a uma das portas, uma extensa barbacã em forma de "D", e "diversos elementos defensivos, como os hurdícios, ou balcões com matacães e as troneiras, que protegiam as portas, inscritas nas próprias torres”.

A Operação Castelos a Norte visa intervir nos castelos raianos da Região Norte: Castelo de Montalegre, Castelo de Monforte de Rio Livre (Chaves), Castelo de Outeiro (Bragança), Castelo de Mogadouro e Castelo de Miranda do Douro.

Em termos beneficiários, esta operação inclui, além da Direção Regional de Cultura do Norte, os Municípios de Miranda do Douro e Montalegre. 

O conjunto de cinco castelos abrangidos por esta Operação constituem um relevante valor histórico e patrimonial, não só do ponto de vista da arquitetura militar, mas também da sua própria história, que se confunde com a história de Portugal. Fundados na Idade Média, alguns no início da nacionalidade, tiveram um papel importante na progressiva organização territorial e na proteção da fronteira nacional nesta zona de Trás-os-Montes. 

Estas fortificações com origem medieval foram objeto, ao longo dos séculos, de obras de manutenção e adaptação, nomeadamente à utilização de armas de fogo a partir do século XVI com a construção de estruturas defensivas abaluartadas.

in:noticiasdonordeste.pt

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