O assoreamento e poluição do rio Pepim na Aveleda, concelho de Bragança, devido às areias que escorrem das antigas minas de volfrâmio do Portelo foi um dos temas levantados no 40.º aniversário do Parque Natural de Montesinho.
O presidente da união de freguesias de Aveleda e Rio de Onor, Mário Gomes, explica que o problema ambiental já foi detectado cerca de uma década e desde aí nada foi feito e hoje aquele é um rio sem vida.
“O problema deste rio está nas cobreiras das antigas minas do Portelo. Neste momento, tem uma extensão de leito assoreado que já ultrapassa os 14km e com graves prejuízos ambientais nos sistemas aquáticos e na economia local. Era um rio fantástico para a pesca e hoje, não se consegue pescar. O leito está constantemente a alterar-se, subiu a cota e neste momento Aveleda corre sérios riscos de cheias”, explicou Mário Gomes.
O autarca aponta o dedo às várias entidades com responsabilidade nesta área que no seu entender já deveriam ter actuado.
“A resposta de quem nos interessava, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro, que foi criada para resolver passivos ambientais e está directamente ligada ao fundo ambiental, já foi interpelada várias vezes, através de ofícios, sem qualquer resposta. Nós consideramos que a agência do ambiente também é responsável e o ICNF, que no nosso entender, devida pressionar estas entidades a tomar uma decisão que seja definitiva e que passa pela resolução do problema na origem”, disse.
A secretária de Estado do Ordenamento do Território, Célia Ramos, adiantou que há um estudo realizado sobre acções das contenções das margens, mas não se comprometeu com datas para que sejam implementadas.
“Aquilo que posso assegurar é que a partir de hoje, com o apoio do laboratório dos rios de Mogadouro, não deixará de ficar assinalada a necessidade de se intervir nessa parte do Parque Natural de Montesinho”, referiu Célia Ramos.
O problema ambiental de assoreamento do rio que atravessa Aveleda continua a preocupar a população.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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