Doze anos de Dedos Bionicos, 12 cartazes que marcam o seu tempo de vida. Foi a promotora brigantina, que "colocou Bragança e Trás-os-Montes no mapa da música alternativa", que levou à região nomes como Boogarins, Glenn Jones ou Norberto Lobo (que até dedicou uma música à cidade, no álbum Mogul de Jade).
Nas palavras de Nuno Fernandes, da Dedos Bionicos, Bragança chegou a ser "a terceira cidade do país, depois de Lisboa e Porto, a ter uma oferta significativa de concertos dos mais variados géneros músicais nacionais e internacionais", conta, num email ao P3. Nem sempre foi fácil — "foram 12 anos a lutar contra contrariedades, numa cidade onde o 'municipalismo cultural' é quem mais ordena" —, mas o balanço é positivo: "A riqueza artística e musical que estes 12 anos trouxeram a esta região esquecida é reveladora de uma paixão sem limites, que ecoa além fronteiras."
E como não podia deixar de ser, há festa para celebrar o aniversário: este sábado, 23 de Novembro, às 22h, no "velhinho e recatado" Pavilhão do IPDJ, na Rua dos Gatos, em Bragança (claro está). Os belgas Slumberland vão levar à cidade "um arsenal de instrumentos mecânicos caseiros, apunhalados por duas implacáveis baterias" e DJ Flitz "promete uma composição de energia" que, garante Nuno, "cria uma onda de felicidade que se estende à distância". No cartaz está também o projecto transmontano Oval, que "cruza caminhos exploratórios na procura contínua da catarse sonora". A entrada custa 6 euros.
Para quem quiser ver mais cartazes da promotora, há também uma exposição de "retrospectiva" no Museu do Abade de Baçal, entre 22 de Novembro e 14 de Dezembro.
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