O programa da bienal compreende quatro dias de festa. Segundo o presidente da câmara, Hernâni Dias, serão vários os momentos que vão dar a conhecer melhor os mascarados da região e este grupo, que se dedica, sobretudo, à agricultura e à escultura em madeira.
“Dedicamos esta MASCARARTE a uma cultura diferente, falamos da mascara Moçambicana. Temos um programa que conta com exposições em vários pontos da cidade, vários momentos de debate e reflexão, a apresentação do catálogo da 8ª Bienal da Mascara, teremos conferências e haverá também uma componente teatral”, explicou.
O ponto alto do evento, que acontece com a queima do mascareto, será no castelo de Bragança. À semelhança da edição passada, a queima mantém-se neste espaço mas desta vez há um concerto, no final, para que o momento não se fique apenas por aí.
António Tiza, presidente da Academia Ibérica da Máscara e do Traje, uma das entidades impulsionadoras, reforça que, finalmente, nesta edição foi dado destaque à música. Assim, no último dia inaugura-se a exposição “gaitas de fole no nordeste da península ibérica”.
“Talvez nunca tenha acontecido, este programa contemplar praticamente todos os elementos que dizem respeito aos rituais da máscara. No caso concreto deste ano, temos várias exposições complementares”, acrescentou António Tiza.
Na apresentação do programa ficou esclarecido que é necessário actualizar o mapa alusivo a estas festividades que está no Museu Ibérico da Máscara e do Traje.
“O que importa considerar é que esta cultura (da máscara) já está sedimentada e já se impõe. Neste caso, cada vez mais há aldeias que voltam a reactivar quer o carnaval quer as festas de Inverno e isso é que importa”, salientou Luís Canotilho, um dos fundadores da academia.
Este ano o mascareto, a ser queimado no castelo, será alusivo à reencarnação do diabo, da morte e da censura no Deus Brahma.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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