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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A “Alma Mater” do padre Fontes em exposição em Montalegre

O Ecomuseu de Barroso inaugura no dia 22, em Montalegre, a exposição permanente “Alma Mater” que assinala os 80 anos do padre António Fontes, o “agitador de consciências” conhecido por impulsionar o congresso de medicina popular.

“É a poesia em pessoa. É um homem que defende valores e projeta Montalegre e o mundo rural como nunca ninguém o fez até hoje”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves.

Segundo anunciou hoje aquele município do distrito de Vila Real, a exposição pretende ser “uma visão biográfica que acompanha o trajeto de vida do mais importante e estimado barrosão” da atualidade.

António Lourenço Fontes nasceu em Cambezes do Rio, em 1940, é padre, escritor, hoteleiro, é um homem solidário e estudioso das plantas e ervas, emprestou o nome ao Ecomuseu e o seu nome também já é marca de vinho e de um licor com ouro.

É conhecido como o “embaixador do Barroso” e, ele próprio, tornou-se num dos maiores polos de atração turística desta região.

Orlando Alves defendeu que “há muito tempo” o padre Fontes “é merecedor de uma condecoração do Presidente da República”, que considerou que “anda permanentemente distraído daquilo que é o mundo rural” e “muito empenhado em dar medalhas às pessoas lá da urbe, de Lisboa”.

“E pelo país fora há pessoas que labutam, projetam e trabalham a sustentabilidade dos territórios”, afirmou.

Esta exposição é, segundo Orlando Alves, “intimista”, “direcionada para a vertente humanista” e representa ainda um “tributo” e uma “homenagem” ao pároco.

De acordo com a Câmara de Montalegre, “Alma Mater” é um projeto que tem como objetivo dar a conhecer a “figura ímpar” de António Lourenço Fontes, nomeadamente a sua “vertente humana e religiosa, a veia jornalística e literária”, bem como o trabalho “antropológico e etnográfico”.

A mostra junta fotografias, textos, compilações e utensílios ligados à vida do sacerdote.

Esta exposição, acrescentou a autarquia, desvenda “um homem que é, essencialmente, um provocador e um agitador de consciências”.

Paralelamente vai ser lançada publicamente a terceira edição da Etnografia Transmontana da autoria do padre Fontes.

António Fontes foi o impulsionador dos Congressos de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, um evento pioneiro que atraiu os olhares do país para Montalegre e transformou o misticismo numa atração turística.

Foi também um dos dinamizadores da noite das bruxas, que se celebra em todas as sextas-feiras 13 na vila transmontana, como acontece no próximo mês de março.

O sacerdote sempre defendeu que o congresso quis "agitar as águas" entre o sagrado e o profano e promover as plantas medicinais.

Em Vilar de Perdizes, construiu um palco ao qual todos são convidados a subir e onde, anualmente, se reúnem cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas e ervanários, curiosos e turistas.

A primeira edição do evento realizou-se em 1983, numa altura em que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da medicina química ou moderna.

O congresso deu a conhecer “o valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças”, mas, para além desse objetivo, tornou-se também numa oportunidade de negócio para a hotelaria, restauração e comércio.

Foto:  António Pereira

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