Ainda assim, Carla Alves, Directora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que também esteve, sábado, em Alfândega da Fé, sublinha que, neste momento, é fundamental fazer com que, num próximo quadro comunitário de apoio, haja uma revisão na forma de aprovação dos projectos e que sejam financiadas as coberturas para os cerejais. “Ainda agora aqui, em Sambade, há um projecto grande de amendoal e cerejal. Estes projectos têm sido apoiados no âmbito do PDR e estas produções têm aumentado bastante mas também é necessário pensar muito noutra questão que tem a ver com o escoamento da produção. Para além de se plantar e haver cada vez mais plantação, é fundamental fazer plantações com coberturas porque, com as alterações climáticas, há produções que têm sofrido mais. É o mais importante: não pensarmos em ajudar quando a produção diminui mas pensar em ajudar quando queremos plantar novo cerejal e que este não venha a ter problemas”.
Quanto ao escoamento de produto, Carla Alves sublinhou que as vendas online são cada vez mais importantes e um bom exemplo disso está a ser a plataforma “alimente quem o alimenta”, criada pelo Ministério da Agricultura e na qual há vários produtores locais inscritos. “Há poucos dias, o Norte era até das regiões que tinha mais produtores inscritos e, de facto, reinventaram-se bastante com as vendas online. Aqui, no nosso distrito, o caso da Mirandesa é um bom exemplo: não vendia online e agora vende. É numa altura destas que no país se valoriza mais o que é nosso”.
Declarações de Carla Alves, sábado, em Alfândega da Fé, na visita inaugural ao mercado ao ar livre para venda de cereja e outros produtos locais.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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