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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 11 de julho de 2020

Planalto Mirandês quer levar Manifesto Cultural à Presidência da República

Associações culturais do Planalto Mirandês assumiram hoje levar um Manifesto à Presidência da República, Assembleia da República e Governo para alertar para o que consideram ser injustiças com a venda das barragens no Douro Intencional por parte da EDP.
Segundo este grupo, composto por cinco associações culturais e vários elementos da sociedade civil, os municípios de Miranda do Douro e Mogadouro, no distrito de Bragança, não estão a beneficiar da riqueza que é produzida nas três bagagens instaladas neste território.

"Estamos perante um problema que não é só local. É também um problema nacional, onde a desigualdade é fator de atraso e desintegração social, (…) e onde existem diferenças acentuadas na distribuição da receita pública. Só as barragens instaladas no Planalto Mirandês produzem 200 milhões de euros/ano", indicou José Maria Pires, um dos promotores deste Manifesto Cultural.

Segundo o fiscalista, o Estado cobra deste montante apresentado 23% de IVA e cobra 30% de IRC, para além de outros impostos associados.

"Esta parte da riqueza pública é cobrada através de impostos e, nos termos da Constituição, terá de ser redistribuída de forma justa entre os portugueses. O que nós queremos é que esta redistribuição de dividendos seja justa. Por isso, pedimos que se cumpra a Constituição da República e que não seja tudo canalizado para Lisboa, onde a EDP tem a sua sede", defende

Este Manifesto Cultural, com origem na designada Terra de Miranda, junta a Associação da Língua e Cultura Mirandesas, FRAUGA - Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, Galandum Galundaina - Associação Cultural, Lérias Associação Cultura, MasChocalheiro Associação de Bemposta e várias pessoas ligadas ao território.

Por seu lado, Susana Ruano, da Associação Cultural "Lérias" disse que as gentes da Terras de Miranda, são portadoras de uma cultura ancestral e resistente, mantida a custo pela "teimosia" das pessoas locais.

"Não foi fácil arrancar esta cultura de um estado de descriminação nacional e que hoje é motivo de orgulho dos jovens e da população em geral deste território", concretizou a também instrumentista.

Já Paulo Meirinhos, músico do grupo Galandum Galundaina, é da opinião de que o que ficou de mau resultante da construção das barragens no Douro Internacional é o reflexo do abandono da Terra de Miranda pelas entidades competente.

"Dou como exemplo a pedreira a céu aberto que ficou abandonada em pleno núcleo urbano da cidade de Miranda do Douro. Pode por vezes passar desperecida aos turistas, mas trata-se de uma verdadeiro atentado ambiental", denunciou.

Em conferência de impressa realizada hoje através da plataforma Zoom, os intervenientes salientaram o desprezo e abandono cultural, ambiental, social e económico a que a Terra de Miranda foi deixada pelo diversos decisores nacionais.

O Manifesto Cultural já foi subscrito, até ao momento, por cerca de 700 subscritores de diversos quadrantes da cultura, oriundos de vários pontos do país, e que vão desde o cinema, televisão, pintura, etnografia, entre outras variantes culturais e que será partir de hoje massificado através de vários meios.

Os subscritores defendem a reafetação de recursos e a sua utilização no investimento mais produtivo, transformando a Terra de Miranda num centro de produção cultural e de atracão do turismo cultural, histórico e ambiental.

Os municípios Miranda Douro e Mogadouro também já manifestaram o seu apoio a este movimento.

A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.

E m causa, estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e três centrais de albufeira com bombagem em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.

Foto: António Pereira (Barragem de Miranda do Douro)

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