terça-feira, 24 de novembro de 2020

AVES DE RAPINA

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")


Há um brilho alucinante nesta noite,
Um melro negro, embrenhado nos galhos da lua
Há uma estrela que chora sozinha,
entre as trevas rasgadas no firmamento
Abraçada ao vazio da noite!
Há um gavião que espera pela morte,
No vácuo da solidão 
Na nudez das paredes.
À beira do abismo!
Há um cismo que estremece, 
a fragilidade de um corpo,
Que pode derrubar,
a  qualquer momento,
Tombar para sempre
Estatelada no chão,
Com um aperto no peito
Com um nó no coração!
No negrume do medo,
esconde a cabeça, cansada,
no colo da lua
Chorando desolada
Perdida…
Perturbada,
Pelo mundo da ambição!
(…)
Amaldiçoadas, todas as aves de rapina
Que na calada da noite
Clamam pela morte,
Gritam o seu nome,
Blasfemam
E a invocam em surdina.


Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

Participei nas colectâneas:

POEMA-ME
POETAS DE HOJE
SONS DE POETAS
A LAGOA E A POESIA
A LAGOA O MAR E EU
PALAVRAS DE VELUDO
APENAS SAUDADE
UM GRITO À POBREZA
CONTAS-ME UMA HISTÓRIA
RETRATO DE MIM.
ECLÉTICA I
ECLÉTICA II
5 SENTIDOS
REUNIR ESCRITAS É POSSÍVEL – Projecto da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina
Livros editados:
-O ROSEIRAL DOS SENTIDOS
-SUSPIROS LUNARES
-DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO
-ENTRE CÉU E O MAR
-UMA ETERNA MARGARIDA

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