Mais uma hipótese de plantação e rendimento para os agricultores transmontanos, considera André Vaz, da Cooperativa Soutos os Cavaleiros, localizada na cidade de Macedo:
“É uma fruto que, na nossa opinião, tem um potencial económico muito bom, e uma adaptabilidade à nossa região também excelente.
Temos um dos maiores pomares da região Norte, que se situa na zona de Travanca, aqui em Macedo, e que está a ser explorado pela Cooperativa Soutos Os Cavaleiros através de um contrato de arrendamento. Nestes últimos oito meses já foram plantados novos pomares na área de Macedo.
Na região de Trás-os-Montes está a ter uma adesão bastante interessante. Temos muita área plantada e outra tanta prevista para fazer a implementação desta cultura.
Acreditamos que, complementarmente ao castanheiro e à amendoeira, poderá ser uma cultura de futuro.”
Mas é pelo miolo de avelã que se revela existir uma grande procura. Quanto ao preço, considera-se “equilibrado”, a rondar os cerca de três euros por quilo a pagar ao produtor:
“Nas nossas instalações já temos, há cerca de um ano, uma britadeira de avelã e procedemos à venda do miolo.
É um fruto que tem um bom preço para o produtor. Em termos de custo/ rendimento será dos mais elevados. Em relação à castanha, tem a vantagem do valor ser mais certo. Sabemos que, em alguns anos, a castanha tem muitas oscilações de preço. Estamos muito dependentes das produções em Itália e Espanha, que são as que ditam o preço da castanha em Portugal. Contudo, a avelã tem um preço bastante estável, que ronda os três euros, por quilo, ao produtor. Nós, na Cooperativa, conseguimos para a quatro euros. É uma mais-valia que conseguimos dar aos sócios que produzem avelã.”
Declarações à margem do “Dia Aberto”, promovido por esta Cooperativa. Uma sessão que reuniu vários oradores com o objetivo de proporcionar mais conhecimento acerca de temas relevantes para os agricultores:
“Esta atividade vem no seguimento de uns projetos que temos em parceria com o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, IPB, UTAD, INIAV. O objetivo destas atividades é fazer estudos e desenvolver o conhecimento das culturas, culminando a transferência dos conhecimentos para os mais interessados, que são os agricultores.”
A conferência terminou com uma visita ao terreno, onde se discutiram práticas culturais para melhorar a rentabilidade e proteção das culturas, especialmente do souto.
Escrito por ONDA LIVRE
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