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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Investigador acredita que este é momento crítico para a preservação do mirandês

 Este sábado, as III Jornadas da Lhéngua Mirandesa Amadeu Ferreira debateram o futuro da segunda língua oficial do país.
O investigador Xosé Henrique Costas considera que este é um momento crítico para a língua, já que se este ritmo de diminuição de falantes se mantiver estima-se que dentro de 25 anos não haverá língua.

O catedrático da Universidade de Vigo apresentou um estudo sobre os usos, atitudes e conhecimento do mirandês por parte da população do concelho e uma das conclusões é que mais de metade da população inquirida fala bem mirandês, mas o que é comum aos que participaram no estudo é que a língua seja salva.

“Ainda 60% da população ainda fala bem o mirandês, 25% não fala, mas gostaria de falar. Quanto mais novos são, menos de 25 de 20 anos, têm umas atitudes muito positiva, querem que haja no mirandês uma oficialidade real, não como há agora que é apenas um reconhecimento, querem que o mirandês esteja presente na escola e não como matéria solta, extracurricular e sobretudo o que não querem é que a língua desapareça. Se se seguir este ritmo de decrescimento da língua, em 25 anos não haverá língua. Estamos num momento crítico ou se salva agora o mirandês ou depois será muito difícil”, afirma.

As jornadas contaram com a participação de elementos de nove universidades nacionais e de outros países, que deram contributos para criar caminhos para que a língua não se perca. A Associação da Língua e Cultura Mirandesa lançou, também com esse propósito um roteiro e uma das vertentes passa por fazer recolhas para que o mirandês seja estudado, esclarece Alcides Meirinhos da direcção da entidade.

“São caminhos para a língua, uma forma de a registar, preservar, manter e promover. É um programa com pés e cabeça, pensado por nove pessoas, não só pela associação, para ver qual a melhor maneira de manter a língua e de a falar. Há pessoas que ainda não se capacitaram que a língua vale dinheiro, é o maior factor diferenciador da Terra de Miranda”, sublinha.

Para implementar o programa serão necessários 500 mil euros, que a associação espera conseguir através de parcerias.

A assinatura da carta europeia das línguas minoritárias é um dos passos fundamentais, entende Alcides Meirinhos.

O Roteiro para língua Mirandesa prevê documentar e estudar o mirandês, aumentar o número de falantes, bem como a visibilidade da língua, promover o emprego, criar um centro de interpretação da língua mirandesa, bem como um centro de documentação, com um arquivo de memória, uma biblioteca de mirandês e uma página virtual. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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