Dito isto resta-me propor outras demolições como o Mosteiro dos Jerónimos, a Escola de Sagres, a Torre de Belém, estátuas como a Padre António Vieira, o Monumento aos Combatentes, tudo que em Guimarães lembre Afonso Henriques esse brutal perseguidor de mouros, apagar milhares de nomes de ruas de brutais colonizadores e exploradores desde Diogo Cão a Roberto Ivens, Cristóvão Colombo, Vasco da Gama, Luís de Camões que os imortalizou em livro, os bandeirantes e demais traficantes de escravos, tudo o que diga respeito à sangrenta guerra colonial, a S. João Batista de Ajudá, Goa, Damão, Diu, Nagar-a-vely, Malaca, Sião, Birmânia, a todas as ex-colónias de Ceuta a Bombaim e Timor, o famigerado dia da raça em 10 de junho,
ABATER ESTÁTUAS DE ESCLAVAGISTAS E OUTROS É TAREFA FÁCIL, ELAS ESTÃO MUDAS E QUEDAS E NEM ESBOÇAM SEQUER OPOSIÇÃO, mais difícil é apagar os atos de todos os esclavagistas ao longo dos séculos. Além de que, normalmente, os apeadores de estátuas são pessoas de elevado grau de ignorância, mandatados por um qualquer populista. Começam por estátuas, depois queimam livros, e exorcizam ideias, e quando menos se dá conta já um fascismo nazi se instalou.
Os erros da História não se apagam nem se compensam e é um erro grave julgar a História doutras eras pelos padrões de hoje. Imaginemos o inverso e toda a população atual seria exterminada pela Inquisição. O que é proibido numa era pode ser moda noutra. Mais importante do que apelar a estes racismos e colonialismos envergonhados por eras passadas, era extirpar a fome, a escravatura e a intolerância que grassam na maioria dos países ainda hoje. Há quem afirme que nunca houve tantos escravos como agora, basta ir à Líbia ou a uma qualquer página de compra dos mesmos..
É bem mais fácil apear estátuas que ideias. Ao destruir ou deitar abaixo uma estátua podemos estar a destruir um símbolo, mas os atos e consequências mantêm-se inalterados. Como estes vândalos são mais ignorantes que um primata, devem começar pelo século XX e destruir as estátuas de todos os grandes esclavagistas do povo HITLER, ESTALINE, LENINE, MAO, e mais umas dezenas deles por todo o mundo. Depois devem passar ao século XIX e fazer o mesmo, por aí atrás a todos os Impérios, pois nenhum império sobrevive sem escravos e são os escravos que fazem grandes s impérios.
Os impérios africanos antes dos ocidentais terem lá chegado, eram mercados de venda de escravos, que encontraram um fértil mercado quando os ocidentais lá apareceram. Os corsários berberes aprisionavam cativos nas ilhas dos Acores para os venderem como escravos, devemos assim obliterar todos os berberes?
Retrocedendo chegaremos ao Antigo Egito, depois da destruição de Constantinopla, da Biblioteca de Alexandria (que tem de ser destruída uma segunda vez), vamos destruindo o Corão, a Bíblia, todos os livros sagrados de todas as religiões, todos os vestígios de escravatura até aos Sumérios e babilónios, aos Denisovan, Neandertal e seus antepassados.
Aí sim, estará a obra completa e podemos voltar a ser símios, pois tanto quanto se sabe os símios nunca praticaram a escravatura. Completado o círculo recomecem a civilização de novo como símios, que a vossa capacidade intelectual é bem inferior à deles. A História serve para nos ensinar, não está aí para ser condenada. Condenar a História não irá resolver nada. Não se apaga o passado, e ao tentar apagar o passado não se corrige o presente, cada ato aconteceu numa determinada época fruto da mentalidade e das normas sociais de cada época. Tudo o que fazemos hoje, e é considerado aceitável e normal, implicava uma ida à fogueira da Inquisição ou ao cadafalso da Maria Antonieta, à pira da Joana d’Arc, ou ao canibalismo das tribos ancestrais.
Esta ignorância que ora nos rodeia com monumentos a destruir e estátuas apeadas vai matar muito mais que o Covid, a peste, ou qualquer outra praga bíblica e com esta fórmula de politicamente correto que tentam implantar não vai sobrar ninguém. Um povo que não preserva o seu património está condenado ao olvido.
[Australian Journalists' Association MEEA]
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(...) Desde a figura parabólica do "pó da terra e respectivo sopro Divino" ao "suposto símio nosso ancestral" parece que nada mudou neste "Grão de Areia" perdido no Universo, estas duas teorias servem-me para classificar o que há de mais tenebroso nas "cavernas do lado mau da matéria/energia escura do ADN humano" por isso acho adequadas a equação ( E=mc2 ) e a frase que embora se refira ao "tempo como invenção humana", ( ambas elaboradas por Albert Einstein ) e, que diz: "A diferença entre o passado o presente e o futuro é uma ilusão, ainda que persistente".
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