quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Novos livros de Antero Neto lançam outra luz sobre a história do concelho

 O autor e investigador Antero Neto apresentou ao público duas novas obras literárias de “teor monográfico” que vieram enriquecer o espólio literário do concelho de Mogadouro.


Segundo autor mogadourense, o primeiro livro apresentado tem o título de capa “Bruçó, da Pré-história ao 25 de Abril” e debruça-se sobre a extensa diacronia da ocupação humana daquele território, iniciando-se com a descoberta de um relevante painel de arte rupestre, trazido a lume pela primeira vez pelo autor e culminando com a implantação da democracia e a sua repercussão na aldeia.

“Este livro representa um ato de amor para com a minha terra natal. É uma dádiva que lego aos meus conterrâneos e que permite honrar a história de uma aldeia prenhe de tradição, revelando imensos aspetos da vivência intemporal que a própria comunidade desconhece”, concretizou Antero Neto.

O também investigador explica, apontando como elemento um conjunto de “arte rupestre” no sítio da “Pena Abonida”, naquela freguesia junto ao Douro Internacional.

“Nunca ninguém se tinha apercebido deste conjunto anteriormente”, vincou.

A obra aborda ainda aspetos tão diversos como a administração durante o séc. XX, a história escolar da aldeia, a emigração para o Brasil, o caminho de ferro e o envolvimento das gentes da aldeia nas convulsões liberais do séc. XIX e na Primeira Guerra Mundial.

Já o segundo livro, intitulado “Memórias da Antiga Freguesia de Vila dos Sinos”, consagra um estudo monográfico sobre a pequena, mas emblemática aldeia do concelho de Mogadouro.

“Esta obra compila uma série de apontamentos dispersos sobre a história da aldeia, com especial enfoque na imensa riqueza arqueológica que este espaço nos foi revelando ao longo dos tempos, onde me permito destacar a quantidade de esculturas zoomorfas, vulgarmente designadas por berrões, que aqui foram encontradas, bem como os painéis de gravuras rupestres das Fragas do Diabo”, decresceu em nota enviada ao Mensageiro.

O autor disse ainda que ficou “fascinado” por saber que neste local existiu “a figura do Chocalheiro".

“Nessa senda, aproveitei o ensejo para lançar o desafio à população no sentido de a recuperar”, observou.

Este livro fecha uma trilogia dedicada pelo autor à União de Freguesias de Vilarinho dos Galegos e Ventozelo, uma vez que já tinha elaborado as monografias das restantes aldeias.

Francisco Pinto

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