São cerca de 170 peças que podem ser apreciadas e que resultam do trabalho de perto de 50 artesãos, um pouco de todo o país.
As peças são de uma colecção particular do vinhaense Roberto Afonso. O artesão e coleccionador explica que a exposição é a expressão do povo e mostra que o sagrado e o profano não podem ser dissociados. A exposição surge numa altura em que as festas que celebram esta dualidade estão prestes a começar.
“Isto é uma colecção que representa, principalmente, a identidade do povo. A arte feita por artistas que através das suas vivências e do que vão desenvolvendo no imaginário, transformam em peças, em monstros, em figuras, em santos. É um confronto entre o bem e o mal”, explicou.
A exposição integra obras, sobretudo em cerâmica. Algumas delas são de madeira, cortiça e pedra. Um trabalho feito por artesãos de vários pontos do país, que contam a história das suas terras.
“Apresentam um pouco do que se faz, não só no Norte do país, mas também no sul. O maior núcleo de peças é figurado de Barcelos, algumas imagens de Estremoz e depois temos mais a Norte algum figurado de Bisalhães, de resto, não temos grande tradição do figurado no nosso distrito. Em termos de olaria a referência de todo o Nordeste eram Pinela e Felgar, mas basicamente o que se fazia era louça, era utilitário”, acrescentou Roberto Afonso.
Em termos de artesanato, Roberto Afonso conta que o distrito se destaca pelas máscaras, associadas aos caretos e às festas de inverno da região.
A exposição pode ser vista até 31 de Maio de 2022.
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