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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Regresso do urso pardo à região implica mudança de mentalidades e restituição de habitat

 O regresso do urso-pardo à região pode trazer mudanças. O assunto foi discutido ao longo do dia de ontem, em Bragança, com o intuito perceber o que pensa a população em geral, os agricultores, os especialistas e também o Instituto de Conservação Natureza e Florestas sobre a possibilidade de o urso-pardo regressar


Segundo Miguel Pimenta, especialista na conservação da natureza, reintegrar esta espécie implicaria mudar mentalidades e reconstituir o habitat. "Para se reintroduzir o urso ou para ele entrar naturalmente, há todo um trabalho gigantesco a fazer. Tem que haver sensibilização. As pessoas têm que aceitar o urso e depois há um plano enorme que tem que ser feito que é o coberto vegetal. A zona não tem capacidade para acolher uma população de ursos reprodutora".

O urso-pardo desapareceu do país pela alteração do habitat e também pela caça. Há cerca de dois anos surgiram marcas de patas e colmeias destruídas, no Parque Natural de Montesinho, em Bragança, o que fazia prever que o urso estaria de volta à região. Feitas análises, ficou mesmo comprovado, mas Miguel Pimenta acredita que foi apenas uma visita pontual. "A análise genética comprovou. Mas creio que foi uma incursão, penso que haja mais e que já tenha havido e ninguém tenha dado conta porque o urso é um animal furtivo, que anda de noite e pouco durante o dia. É pontual, neste momento, e é possível que seja cada vez mais pontual. A regressão da população humana na zona e a recuperação do habitat é favorável ao regresso do urso".

A iniciativa é promovida pela Palombar-Conservação da Natureza e do Património Rural, sediada em Vimioso. Depois do crescimento de população do urso-pardo em Espanha e da possibilidade de visitar pontualmente a região, José Pereira, presidente da Associação, explica que o intuito é discutir e preparar a população para a sua vinda. "Pretendemos preparar as pessoas e lançar o desafio para a discussão, reflexão, conversa e partilha de experiências daquilo que pode ser o cenário em Portugal, como está a acontecer aqui na Espanha, nomeadamente na Galiza. A reflexão prevê lançar algumas bases para, caso se justifique, começar a preparar a preservação do urso".

Para Rui Dias, também da organização, este é apenas um ponto inicial de muitas outras iniciativas ligadas ao urso-pardo. "Gostamos de acreditar que esta é uma pequena etapa inicial porque não se falava há mais de 150 anos do urso. Depois surgirão outras, à medida daquilo que for também a evolução das populações espanholas que são aquelas que poderão significar a fixação do urso em Portugal".

O último urso-pardo em Portugal foi abatido, no Gerês, em 1843. “E se o Urso-Pardo Voltar?” foi discutido, ontem, em Bragança.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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