terça-feira, 30 de novembro de 2021

Festas da cidade de Mirandela podem estar comprometidas no próximo ano

 Pelo terceiro ano consecutivo, as Festas de Mirandela estão novamente comprometidas em 2022


A falta de listas para as eleições da nova mesa da Confraria de Nossa Senhora do Amparo pode por em causa a realização da parte lúdica das Festas de Mirandela em Honra da Santa Padroeira da cidade.

Em 2022 poderemos não voltar a ter espectáculos, fogo de artificio, barraquinhas e diversões, mantendo-se apenas a parte religiosa.

No passado Sábado realizou-se a Assembleia Geral da Confraria, onde foi determinada a constituição de uma Comissão administrativa que necessita da concordância da Diocese. Os prazos para a organização das Festas não parecem exequíveis para o pároco da Igreja Matriz de Mirandela, Valentim Bom, para que haja a tão tradicional Festa de Mirandela no próximo ano.

“Não acho muito possível com esses prazos todos que é necessário e com as medidas que é preciso tomar para isso. A parte religiosa, já no ano passado e há dois anos cumprimos, e vai cumprir-se este ano também”, frisou.

Ainda segundo o Padre Bom, neste caso, a Câmara Municipal de Mirandela poderia ajudar ao associar-se à Comissão Executiva, assumindo o planeamento das actividades profanas.

Sílvio Santos lamenta que a Confraria tenha chegado a este impasse, com a falta de um grupo interessado em assumir a realização das Festas de Mirandela em Honra a Nossa Senhora do Amparo. No entanto, e apesar de ter tornado público em Maio passado não se recandidatar, não irá virar as costas à Confraria. Mas há prazos muito apertados que poderão colidir com a viabilização das Festas com todo o seu esplendor.

“180 dias, porque é o período mínimo para um confrade poder ser elegível. Ninguém deve ser vetado do direito de querer integrar uma confraria e estar ao lemo da confraria. Portanto, formalizar essa adesão e dar-lhes plenos direitos estatutários obriga a um período de 180 dias”, explicou.

Nesta Assembleia Geral foi também apresentado o relatório de contas. Têm sido tempos difíceis devido à falta de verbas que são, precisamente, angariadas nas Festas da cidade.

“Ficámos, praticamente, na total dependência do subsídio do município”, referiu Sílvio Santos.

Resta aguardar pela decisão da Diocese de Bragança-Miranda.

Escrito por Terra Quente (CIR)

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