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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

“ATINGIMOS, ESTE ANO, UMA META MÍTICA. 50% DOS NOSSOS JOVENS COM 20 ANOS ESTÃO NO ENSINO SUPERIOR”

 Outro dado que Sobrinho Teixeira, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, considera importante é que 35,5% dos adultos jovens, entre os 30 e os 34 anos, têm agora formação superior
João Alberto Sobrinho Teixeira, natural de Mirandela, foi secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do XXI Governo Constitucional. Foi presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) até Julho de 2018 e foi nomeado para este cargo pouco tempo depois, em Outubro, no âmbito de uma renovação governamental. Em 2019, para o XXII Governo Constitucional, o convite foi renovado e o transmontano, que pertenceu aos quadros do Complexo Agro-Industrial do Cachão, onde desempenhou funções de engenheiro de produção e, posteriormente, de direcção do planeamento e controlo da produção, aceitou voltar a assumir o cargo.

Sobrinho Teixeira, licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto e doutorado na área de Mecânica de Fluidos pela mesma instituição, faz um balanço “positivo” desta legislatura de dois anos.

50% dos jovens com 20 anos frequenta o ensino superior

Ao Jornal Nordeste, Sobrinho Teixeira falou de vários projectos em que a sua secretaria de Estado trabalhou e que o permitem dizer que as coisas seguiram um bom rumo. A nível nacional, aquilo que, de facto, o deixa mais “satisfeito” é que, ao longo destes últimos dois anos, houve “progresso” do número de jovens e de adultos jovens no ensino superior. “Atingimos, este ano, uma meta mítica. 50% dos nossos jovens com 20 anos estão no ensino superior. Ou seja, cinco em cada dez estão a frequentar o ensino superior”, vincou o governante, que salientou ainda que há um projecto que “há-de ser continuado” para conseguir, antes do final da década, que o número suba e que se atinjam os 60%.

Sobrinho Teixeira, que de 2009 a 2013 assumiu, também, as funções de Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, disse ainda que, neste âmbito, atingiu-se este ano uma outra meta muito “importante”. “A nossa força de trabalho mais capaz, que são os adultos jovens, entre os 30 e os 34 anos, conseguimos, este ano, chegar aos 35,5% com formação superior. Refira-se que a missão da União Europeia era de 40%. Conseguimos superar largamente esse objectivo”, assinalou.

O ex-presidente do IPB, ao qual sucedeu Orlando Rodrigues, esclareceu ainda que outro ponto que o orgulha é que “o ano terminará com 140 mil alunos a entrar pela primeira vez no ensino superior”, quando há uns anos atrás eram 87 mil. “De outro ponto, a parte importante é que este crescimento deu-se muito na realidade do Interior, na nossa região”, assumiu Sobrinho Teixeira, que avançou que o crescimento do número de colocados, nestes anos, foi de mais 36% nas regiões de menor densidade demográfica, enquanto que foi apenas de 6% nas regiões do Porto e de Lisboa.

As bolsas que se conseguiram conceder também são motivo de destaque para o secretário de Estado. “Eram mais de mil mas passámos para as 5300 no presente ano lectivo. Isto para que os jovens continuem a estudar no Interior”, esclareceu o governante, que vincou ainda que “também há um crescimento muito forte da acção social”, passando-se, no que toca a bolsas, de 74 mil para 78 mil este ano. Durante este tempo em que Sobrinho Teixeira esteve no Governo também se atingiu um número que considera que, de facto, também “mostra crescimento”. “Tínhamos ensino superior, há seis anos, em 44 localidades. Hoje temos em 134”, avançou o secretário de Estado.

Outro aspecto, que assume não menos importante, é a criação de um ecossistema que procura transferir o conhecimento gerado nas instituições de ensino superior e nos centros de investigação para aquilo que é a economia. Para este fim “foram criados 35 laboratórios colaborativos, dois deles na nossa região, que estão já a trabalhar nesse sentido”.

A ciência também ganha destaque nesta legislatura. O governante falou de um projecto “muito relevante” que “não deixará Portugal para trás” naquilo que é a evolução do espaço. “Conseguimos criar a nossa agência portuguesa do espaço e vamos assim conceber um centro de lançamento de micro-satélites nos Açores”, esclareceu Sobrinho Teixeira, que vincou ainda que “a ciência portuguesa vai terminar, pela primeira vez na sua vida, com um superavit, em termos daquilo que é a capacidade de ir aos fundos centralizados de Bruxelas e ter retorno”. “Vamos terminar este quadro comunitário com mais de mil milhões de euros que a ciência portuguesa teve de retorno para o país”, disse.

Por fim, Sobrinho Teixeira destacou que gostaria de deixar finalizado, antes do fim da legislatura, aquilo que é o “dar uma maior resposta ao nível do alojamento”. Assumindo que “Portugal é cada vez mais atractivo” e “há aqui uma grande pressão ao nível de alojamento para outras áreas que não sejam tão turísticas”, nomeadamente Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros, Sobrinho Teixeira disse que há 365 milhões de euros a ser disponibilizados a instituições de ensino superior, autarquias locais e instituições de solidariedade. O objectivo é transformar edifícios em residências de estudantes e reabilitar as existentes. “São mais de cinco mil camas que queremos que sejam disponibilizadas ate 2026”, terminou, vincando que, possivelmente esta semana, a portaria, dentro do Plano de Recuperação e Resiliência, estará finalizada e que se procederá depois à abertura de um concurso para que as instituições possam concorrer a este volume financeiro que está disponível.

Sobrinho Teixeira garante continuar vida de entrega ao ensino superior

Nos últimos anos, sendo que de 2006 a 2018 foi presidente do IPB e de 2018 até agora secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, área que muito lhe diz, Sobrinho Teixeira, não deixando de vincar a importância de governar, assumiu que o que mais o marcou foi estar à frente da instituição de ensino. Não foi só porque o número de anos naquele cargo foi maior. Outras variantes acabam por pesar mais. “No cargo em que estou trabalho para o país todo e no lugar de presidente do IPB trabalhei muito só para a região, o que me fez sentir ainda mais ligado a ela. Naquele cargo houve um reconhecimento e conforto muito directo. Já ao nível central as coisas demoram mais tempo a acontecer”, esclareceu. “Sendo português, com todo o coração, eu sou um homem do Interior, do Nordeste, com a maior das ligações à terra, com vontade de fazer missões”, vincou ainda Sobrinho Teixeira, que diz ter sido “feliz” em todo o lado e que procurou dar sempre o seu “melhor”. Quanto ao futuro, é cedo para falar do que vai acontecer. Ao Jornal Nordeste, questionado sobre se se vai manter no Governo, caso o Partido Socialista ganhe e o convite seja posto, de novo, em cima da mesa, Sobrinho Teixeira disse que “não é possível responder neste momento”. Ainda assim, deixou garantias de luta para com a região e todo o resto de Portugal. “A minha vida tem sido de entrega ao ensino superior, à região e ao país e é isso que continuarei a fazer, seja no lugar de secretario de Estado, seja no lugar mais humilde que se possa imaginar. Se for um lugar humilde, onde se pode fazer muita coisa, será certamente um lugar feliz, onde eu posso continuar a trabalhar”, esclareceu o ex-presidente do Politécnico de Bragança.

Jornalista: Carina Alves

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