terça-feira, 25 de janeiro de 2022

𝐌𝐚𝐭𝐚𝐧ç𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐜𝐨

 “𝑂𝑠 π‘‘π‘–π‘Žπ‘  𝑑𝑒 π‘šπ‘Žπ‘‘π‘Žπ‘›π‘̧π‘Ž π‘’π‘Ÿπ‘Žπ‘š π‘’π‘šπ‘Ž π‘“π‘’π‘ π‘‘π‘Ž. 𝐴 π‘“π‘Žπ‘šπ‘–́π‘™π‘–π‘Ž 𝑒 π‘œπ‘  π‘Žπ‘šπ‘–π‘”π‘œπ‘  π‘Ÿπ‘’π‘’π‘›π‘–π‘Žπ‘š-𝑠𝑒 π‘ π‘’π‘šπ‘π‘Ÿπ‘’… π‘’π‘Ÿπ‘Žπ‘šπ‘œπ‘  π‘ π‘’π‘šπ‘π‘Ÿπ‘’ π‘Ž̀ π‘£π‘œπ‘™π‘‘π‘Ž 𝑑𝑒 30 π‘π‘’π‘ π‘ π‘œπ‘Žπ‘ . π‘π‘Žπ‘  π‘šπ‘Žπ‘‘π‘Žπ‘›π‘̧π‘Žπ‘  π‘–π‘Žπ‘š π‘Ž̀ π‘π‘Žπ‘̧π‘Ž 𝑒𝑛𝑠 π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž π‘œπ‘  π‘œπ‘’π‘‘π‘Ÿπ‘œπ‘ . πΆπ‘œπ‘ π‘‘π‘’π‘šπ‘Žπ‘£π‘Žπ‘š π‘π‘Žπ‘̧π‘Žπ‘Ÿ π‘šπ‘’π‘–π‘‘π‘œπ‘  π‘π‘œπ‘’π‘™β„Žπ‘œπ‘  𝑒 π‘™π‘’π‘π‘Ÿπ‘’π‘  𝑒, π‘Ž̀𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠, π‘™π‘Ž́ π‘π‘Žπ‘™β„Žπ‘Žπ‘£π‘Ž π‘’π‘šπ‘Ž π‘œπ‘’ π‘‘π‘’π‘Žπ‘  π‘π‘’π‘Ÿπ‘‘π‘–π‘§π‘’π‘ .” 
Mestre InfΓ’ncia GonΓ§alves 

A matanΓ§a do porco Γ© uma tradição que estΓ‘ associada ao frio e ao inverno. Em Dezembro ou Janeiro faz-se a matanΓ§a. 

Antigamente todas as casas criavam porcos para a matança. Era preciso fazer o fumeiro e o presunto para alimentar a família durante o ano. Por hÑbito o porco pesava mais de 200 kg e era farto com folhas de negrilho, castanhas, beterrabas, abóboras (conhecidas por aqui como bóbdas), grão. Era hÑbito juntar a família e os amigos e fazer uma grande festa.

Os homens ocupavam-se do “ritual” de matar o porco. Havia sempre pelo menos um homem entre a famΓ­lia ou amigos, verdadeiro mestre, que matava o porco. Antes de matar o porco era dado o mata-bicho.

As mulheres levavam as tripas para a fonte ou poças e lavavam-nas para tirar a sujidade. Primeiro eram lavados com Ñgua e depois com sabão. Depois em casa faziam uma mistura com aguardente, alho, louro e limão para tirar o mau cheiro das tripas. Todos os dias lavavam as tripas com esta mistura até ao momento de fazer os chouriços, os salpicáes e as alheiras. Escamavam as tripas com vime para ficarem fininhas. Depois as tripas eram apertadas e estavam prontas para fazer os chouriços, salpicáes e alheiras.

Na manhã do dia seguinte, o mestre com a sua arte de desmanchar, desfazia o porco. Picavam a carne para os chouriços e salpicáes e faziam os rojáes.

Hoje em dia são poucos os que continuam a criar e a fazer a matança do porco.

Projeto apoiado pelos PrΓ©mios ao Valor Social da FundaciΓ³n Cepsa.

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