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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

𝐌𝐚𝐭𝐚𝐧ç𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐜𝐨

 “𝑂𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑒𝑠𝑡𝑎. 𝐴 𝑓𝑎𝑚𝑖́𝑙𝑖𝑎 𝑒 𝑜𝑠 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑢𝑛𝑖𝑎𝑚-𝑠𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒… 𝑒𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑎̀ 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 𝑑𝑒 30 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠. 𝑁𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑡𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑠 𝑖𝑎𝑚 𝑎̀ 𝑐𝑎𝑐̧𝑎 𝑢𝑛𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠. 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑢𝑚𝑎𝑣𝑎𝑚 𝑐𝑎𝑐̧𝑎𝑟 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑒𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑒 𝑙𝑒𝑏𝑟𝑒𝑠 𝑒, 𝑎̀𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠, 𝑙𝑎́ 𝑐𝑎𝑙ℎ𝑎𝑣𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑜𝑢 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑧𝑒𝑠.” 
Mestre Infância Gonçalves 

A matança do porco é uma tradição que está associada ao frio e ao inverno. Em Dezembro ou Janeiro faz-se a matança. 

Antigamente todas as casas criavam porcos para a matança. Era preciso fazer o fumeiro e o presunto para alimentar a família durante o ano. Por hábito o porco pesava mais de 200 kg e era farto com folhas de negrilho, castanhas, beterrabas, abóboras (conhecidas por aqui como bóbdas), grão. Era hábito juntar a família e os amigos e fazer uma grande festa.

Os homens ocupavam-se do “ritual” de matar o porco. Havia sempre pelo menos um homem entre a família ou amigos, verdadeiro mestre, que matava o porco. Antes de matar o porco era dado o mata-bicho.

As mulheres levavam as tripas para a fonte ou poças e lavavam-nas para tirar a sujidade. Primeiro eram lavados com água e depois com sabão. Depois em casa faziam uma mistura com aguardente, alho, louro e limão para tirar o mau cheiro das tripas. Todos os dias lavavam as tripas com esta mistura até ao momento de fazer os chouriços, os salpicões e as alheiras. Escamavam as tripas com vime para ficarem fininhas. Depois as tripas eram apertadas e estavam prontas para fazer os chouriços, salpicões e alheiras.

Na manhã do dia seguinte, o mestre com a sua arte de desmanchar, desfazia o porco. Picavam a carne para os chouriços e salpicões e faziam os rojões.

Hoje em dia são poucos os que continuam a criar e a fazer a matança do porco.

Projeto apoiado pelos Prémios ao Valor Social da Fundación Cepsa.

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