A aldeia celebrou esta quadra com várias encenações religiosas, via sacra, animação de rua e contou ainda com um mercado medieval.
Entre sexta-feira e sábado, a localidade encheu-se de visitantes e dos filhos da terra que estão emigrados e que, por esta altura, não deixam de vir a casa, por causa da Páscoa mas também desta festa: o Sábado de Aleluia. "Já não vinha há dois anos por causa da pandemia, mas venho sempre. Gosto de vir. Eu não sou de cá, a minha mulher é que é daqui. Tenho aqui casa e gosto de aqui, gosto do ambiente. É espectacular", disse Arnaldo Rodrigues. "Gosto muito. Já vi isto no Facebook e gostei. Agora vim ver", contou Francisco Oliveira. "Está tudo muito bom. A minha mulher, que é de cá, quis vir até aqui, e eu vim com ela", afirmou Manuel Marques. "É sempre saudável frequentar um ambiente destes. As pessoas têm tendência a procurar este tipo de ambientes e depois de uma pandemia destas ainda muito mais", referiu João Fernando.
Os comerciantes, que compuseram este mercado medieval, consideram que já se começa a ver muita gente neste tipo de iniciativas e que, ainda que não se venda tanto como noutros tempos, é importante estar de regresso. "Tenho feito outras feiras como fiz a Feira da Rosquilha, em Argozelo, e o produto não me chegou. As pessoas estão a aderir", referiu José Joaquim Martins. "Em relação ao primeiro ano que viemos, nota-se que o poder de compra diminuiu bastante mas, já que temos uma pastelaria aberta em Vimioso, damos, pelo menos, a conhecer o nosso produto", esclareceu Tatiana Faria. "É uma feira que está no começo e que tem vindo a subir. Esta edição já não se compara com a primeira. Eu tenho vendido bem, não me posso queixar", vincou Bina Soares.
Esta celebração atrai os emigrantes que dali são naturais e tem acolhido cada vez mais pessoas, explica Cristina Miguel, presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva. "Voltar é extraordinário. Nós tínhamos vontade de festa. O povo tem vontade de festa. O nosso povo é festeiro, por natureza. É uma localidade com muita emigração e nós não temos na aldeia uma única casa fechada. Vieram de todos os cantos, de França, de Espanha, do litoral... os emigrantes vêm todo o ano e se houver festa ainda melhor. Têm os filhos que já gostam e que já querem vir a Algoso, que têm a aldeia como referência e é isso mesmo que eu quero, que não esqueçam Algoso".
O Sábado de Aleluia, em Algoso, conta já com três edições. Além desta, as outras duas decorreram em 2018 e em 2019. Este ano a grande novidade foi a Sexta-Feira Nazarena, uma forma de começar a festa um dia mais cedo e lhe adicionar ainda mais momentos de recriação, atraindo também mais gente.
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