A Páscoa foi um ponto de viragem para muitos.
Os verões de 2020 e de 2021 foram mais ou menos simpáticos para o negócio, já que as pessoas quiseram fugir das grandes cidades para estes locais mais descansados, mas era sol de pouca dura. Quem tem casa aberta não quer só dois ou três meses de lucros e agora parece que o cenário está a mudar.
Marcel Silveira é o proprietário do maior hotel do distrito, o São Lázaro, que se situa em Bragança. O empresário chegou a fechar o hotel mas volta agora a respirar de alívio.
“Neste momento ainda só estamos a trabalhar com metade do hotel, porque ainda não terminámos as obras. Dessa disponibilidade que temos de vendas, estamos a 89%. O turismo tem melhorado a ocupação desde o meio do mês de Março e vai continuar assim até pelo menos ao meio de Maio, em que temos bastante ocupação. As pessoas têm aderido bastante ao fim-de-semana, tem voltado o turismo de grupo, que é o nosso principal segmento”, disse.
Maria Agostinho é proprietária da Alformil, uma casa de turismo rural, situada na aldeia de Formil, que dista seis quilómetros de Bragança. Abriram a casa em plena pandemia e ainda não conheceram tempos normais no negócio, mas também já os tiveram piores.
“No feriado do 25 de Abril a ocupação é de 100%, de espanhóis e portugueses, de Lisboa, do Porto, de Faro, de Viana do Castelo, de todas as zonas. Neste momento já não se fala tanto em covid e as pessoas estão ansiosas por sair e estamos realmente à espera de uma grande afluência. Tem sido uma lufada de ar fresco”, contou.
Muito perto de Bragança, mas noutra aldeia, em Gimonde, fica também o pequeno hotel de Paulo Afonso e de mais dois irmãos. A funcionar desde 2018, o hotel foi-se tornando muito procurado e ao contrário dos outros dois espaços não teve grandes "arrombos" com a pandemia.
“Fins-de-semana é ocupação a 100%, principalmente quando há feriados à segunda ou à sexta há sempre muita gente. Durante a semana a ocupação é 90%. Desde Junho até ao dia de hoje não houve muita baixa de procura. Está muito bom”, frisou.
Estas três unidades, situadas no concelho de Bragança, estão finalmente a recuperar dos prejuízos causados pela pandemia.
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