segunda-feira, 11 de abril de 2022

Torre de Moncorvo regressou à época medieval no fim-de-semana

 Encenações, espectáculos, feirantes e visitantes deram vida à vila, no regresso da Feira Medieval que não acontecia há dois anos devido à pandemia.


As pessoas da vila andavam vestidas a rigor. Os feirantes vendiam a sua arte e os trabalhos daquele tempo estavam todos representados. O som de quem trabalhava o ferro distinguia-se dos restantes. Um ofício que já não é ganha-pão dos moncorvenses, mas que ainda é um hobby para Francisco Esteves, de Valpaços, que marcou presença para mostrar como se fazia.

“Particularmente nesta terra de ferreiros e das minas de ferro, toda a gente trabalhava o ferro, então estamos a retratar a idade média quando realmente os ferreiros estavam no seu auge. Mostrar estes ofícios, que estão perdidos na história, ao público e sentir o feedback do público”, disse.

António Faneca e Camila Vieira vestiram a pele do rei Dom Dinis e a rainha Santa Isabel. Uma encenação, que precisou de trabalho de pesquisa, mas foi um orgulho fazer.

A Feira Medieval trouxe até Torre de Moncorvo centenas de pessoas. Para alguns foi a primeira vez, já outros decidiram voltar porque gostaram das edições anteriores.

“Estamos a visitar e vimos vestidos a rigor, porque temos família cá e então sabemos que faz sentido andar assim”, referiu uma visitante.

O evento não acontecia há dois anos devido à pandemia, mas retomou agora em força. Expositores da região e de outras partes do país aproveitaram para divulgar os seus produtos.

“Aqui temos navalhas, facas de remate, portanto cutelaria. Com a pandemia estas feiras não puderam acontecer, sentimos bastante diferença”, referiu o comerciante Carlos Fernandes.

Para o presidente da câmara, Nuno Gonçalves, o regresso da feira é sinónimo de alegria.

“É o regresso da alegria porque as pessoas têm a oportunidade de conviver, mas é também o regresso da alegria, porque estamos a colocar os nossos produtos endógenos no topo do mapa, estamos a colocá-los para serem conhecidos pelos milhares de turistas que nos visitam e estamos também a dar um incremento socioeconómico quer às associações quer às freguesias”, frisou.

Ao longo de três dias a animação não faltou, com peças de teatro, música, encenações e desfiles. O evento custou ao município 150 mil euros.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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