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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 12 de julho de 2022

NOS MEUS OLHOS HÁ DESERTOS

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Areias que esvoaçam em remoinho, com a força de um furacão e voam tão alto onde nem as nuvens chegam, onde o céu é apenas vazio e solidão.
Misturadas com a areia, há lágrimas que lavam a alma mas permanece negro o coração! 
Em casa, o silêncio cola-se às paredes, e eu cerro os olhos, para não chorar. Em vez dos olhos, choram as violetas e pintam de roxo o meu olhar!
As árvores adormeceram. Tudo está quieto!
Melancolicamente, espreito pela janela do quarto. Os pardais já voaram alto. Abro as portas de par em par, ninguém bateu, ninguém entrou, ninguém chegou!
Cravei as unhas no coração que quase morreu, quase parou! 
O “quase “deste mundo, está demasiado pesado para mim!
Nesta imensa rebeldia, escrevo frases soltas, sem sentido nem orientação, com tinta viscosa e escorregadia, carregada de indignação!
Sem receio nem demagogia, rascunho uma mísera poesia.
A vida, é uma roda -viva, que tanto anda para a frente como para traz.
Por vezes convenço-me que não vou aguentar, que não consigo sobreviver a tanta injustiça a tanta hipocrisia.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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