Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
Era uma vez um homem com um grande coração.
Tão grande, diziam, que de tão grande que era não lhe cabia na boca.
Pois certamente que não, porque lugar de coração é num peito gigante, tão gigante como o meu, respondia Fabião, o homem com um grande coração.
Era uma vez uma mulher pequenina e graciosa.
De uma doçura tal que, diziam, parecia comer mel.
Mel não comia, afiançava com um sorriso feliz de orelha a orelha. Era apenas a doçura da alma que a tornava graciosa.
Assim como o néctar de uma flor, gracejava ela, a Mimosa.
Um dia, o Fabião, o homem com um grande coração conheceu a pequena Mimosa, a mulher que era doce e graciosa.
Outra coisa não seria de esperar que entre este homem tão grande e esta pequenina mulher crescesse um amor com aquela doçura de uma união, que só cabe a quem é doce e tem um enorme coração.
Diziam eles que os afetos não se fazem de idades nem de vontades.
A união é composta por laços com abraços que só escutam a Música do Coração.
Cada nota desta melodia é escrita com amor na pauta da vida e o resultado final será a mais bela composição.
A Mimosa e o Fabião garantiam não serem necessárias muitas notas.
Basta que a música de cada um seja tocada nos compassos certos e os braços para oferecer e receber amor tenham a magia de estar sempre abertos.
Foi talvez por isso, por serem tão diferentes mas tão perfeitos que, ao tocarem o coração um do outro, a vida lhes concedeu a sua mais bela sinfonia, a pequenina estrela Lia.
E deste modo, ao compasso daquela Música do Coração foi acrescentado um ritmo mais profundo.
Para o Fabião, a Mimosa e a Lia, agora nascia a mais bela canção do mundo.
Mas houve, então, um dia que encheu de cinzentas nuvens o céu da primavera e os sorrisos dos homens se calaram na terra.
Do ar desapareceu a leveza da aragem, havia lágrimas nos rostos e os silêncios gritavam a Canção da Coragem.
Andava à solta uma estranha criatura que ninguém sabia de onde viera e todos tinham que fazer mudanças, velhinhos e crianças, porque o mundo adoecera.
O som da certeza já não cabia na palavra futuro e entre os braços dos homens ergueu-se um imenso muro.
Começou a Lia a aprender as contas e as letras com diferentes cores de outras paletas, uma nova simetria. E com a saudade pousada no regaço, tal como ela, os meninos reinventaram a beleza do sorriso que morava dentro de um abraço.
O pai Fabião, dono de um enorme coração, deu novos rumos aos desafios da sua lição e passou a ensinar, com outras formas de contar, a sua geometria de encantar.
A mãe Mimosa, pequena e graciosa, antigos traços redescobriu. Com outros lápis de carvão os coloriu. Assim registava as sombras da doçura dos corações que mais amava.
E a vida passou a ser um novo desafio, ora lenta ora rápida, como as águas que correm pelas sinuosas margens de um rio.
Foi nesses dias de inusitadas tormentas que a pequenina estrela aprendeu a mais rara e valiosa lição da vida dela.
Se nas dores do caminho remar sempre de mãos dadas com a mãe Mimosa e o pai Fabião, são precisas apenas duas notas musicais para que o sol se vire do avesso e, bem aconchegadinho, vá morar lá dentro do peito, nesse cantinho com aroma de buganvília e chá de tília, que é o sítio mais lindo desta família.
Com estas notas tocadas ao som da cor do amor, o Fa mais Mi será sempre igual a Lia.
É este o segredo da Música do Coração capaz de tornar o mais rigoroso inverno num suave e eterno verão.
inspirado nos momentos do Co(nto) da Vi(da) D(e) uma família feliz…
Tão grande, diziam, que de tão grande que era não lhe cabia na boca.
Pois certamente que não, porque lugar de coração é num peito gigante, tão gigante como o meu, respondia Fabião, o homem com um grande coração.
Era uma vez uma mulher pequenina e graciosa.
De uma doçura tal que, diziam, parecia comer mel.
Mel não comia, afiançava com um sorriso feliz de orelha a orelha. Era apenas a doçura da alma que a tornava graciosa.
Assim como o néctar de uma flor, gracejava ela, a Mimosa.
Um dia, o Fabião, o homem com um grande coração conheceu a pequena Mimosa, a mulher que era doce e graciosa.
Outra coisa não seria de esperar que entre este homem tão grande e esta pequenina mulher crescesse um amor com aquela doçura de uma união, que só cabe a quem é doce e tem um enorme coração.
Diziam eles que os afetos não se fazem de idades nem de vontades.
A união é composta por laços com abraços que só escutam a Música do Coração.
Cada nota desta melodia é escrita com amor na pauta da vida e o resultado final será a mais bela composição.
A Mimosa e o Fabião garantiam não serem necessárias muitas notas.
Basta que a música de cada um seja tocada nos compassos certos e os braços para oferecer e receber amor tenham a magia de estar sempre abertos.
Foi talvez por isso, por serem tão diferentes mas tão perfeitos que, ao tocarem o coração um do outro, a vida lhes concedeu a sua mais bela sinfonia, a pequenina estrela Lia.
E deste modo, ao compasso daquela Música do Coração foi acrescentado um ritmo mais profundo.
Para o Fabião, a Mimosa e a Lia, agora nascia a mais bela canção do mundo.
Mas houve, então, um dia que encheu de cinzentas nuvens o céu da primavera e os sorrisos dos homens se calaram na terra.
Do ar desapareceu a leveza da aragem, havia lágrimas nos rostos e os silêncios gritavam a Canção da Coragem.
Andava à solta uma estranha criatura que ninguém sabia de onde viera e todos tinham que fazer mudanças, velhinhos e crianças, porque o mundo adoecera.
O som da certeza já não cabia na palavra futuro e entre os braços dos homens ergueu-se um imenso muro.
Começou a Lia a aprender as contas e as letras com diferentes cores de outras paletas, uma nova simetria. E com a saudade pousada no regaço, tal como ela, os meninos reinventaram a beleza do sorriso que morava dentro de um abraço.
O pai Fabião, dono de um enorme coração, deu novos rumos aos desafios da sua lição e passou a ensinar, com outras formas de contar, a sua geometria de encantar.
A mãe Mimosa, pequena e graciosa, antigos traços redescobriu. Com outros lápis de carvão os coloriu. Assim registava as sombras da doçura dos corações que mais amava.
E a vida passou a ser um novo desafio, ora lenta ora rápida, como as águas que correm pelas sinuosas margens de um rio.
Foi nesses dias de inusitadas tormentas que a pequenina estrela aprendeu a mais rara e valiosa lição da vida dela.
Se nas dores do caminho remar sempre de mãos dadas com a mãe Mimosa e o pai Fabião, são precisas apenas duas notas musicais para que o sol se vire do avesso e, bem aconchegadinho, vá morar lá dentro do peito, nesse cantinho com aroma de buganvília e chá de tília, que é o sítio mais lindo desta família.
Com estas notas tocadas ao som da cor do amor, o Fa mais Mi será sempre igual a Lia.
É este o segredo da Música do Coração capaz de tornar o mais rigoroso inverno num suave e eterno verão.
inspirado nos momentos do Co(nto) da Vi(da) D(e) uma família feliz…
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