Falta coragem política para que o Plano de Mobilidade do Tua avance. Quem o diz é o presidente da Agência para o Desenvolvimento Regional do Vale do Tua.
O plano continua parado, sendo que já foi prometido há mais de 10 anos e é a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua.
Os equipamentos necessários para os passeios de barco na albufeira e para que o comboio regresse à linha estão preparados. Assim, Pedro Lima, em sede de conselho regional questionou o secretário de Estado das Infraestruturas acerca do que se passa. “Eu só estou aqui há um ano e deparei-me com aquilo que ele (secretário de Estado das Infraestruturas) chamou de um imbróglio. Realmente, é verdade. como é que justificamos que depois de cinco anos de produção hidroeléctrica, após 17 milhões de investimento, cinco municípios, vários governos e dois concessionários não se consegue por a linha do Tua em funcionamento? Todos nós ouvimos as declarações do anterior Ministro das Infraestruturas, que disse que tinha ideias e soluções. Temos tido reuniões e sinceramente estou esperançado. Acho que falta muito pouco, falta desbloquear o licenciamento da linha. Eu acho que, acima de tudo, vai ser necessário, para dar este último passo, coragem política”.
Pedro Lima lembrou que está linha está associada a problemas de segurança e a mortes e, por isso, "é preciso reflectir um pouco o seu licenciamento". Ainda assim, diz que não consegue compreender a demora. “A DIA não está a ser respeitada e não me canso de dizer isto. Como se justifica isto? Não sei. Quem tem que justificar isso é o Governo porque ele é que tem legitimidade de a fazer cumprir”.
Os cerca de 17 milhões de euros ali investidos serviram para trabalhos de várias ordens. Segundo Pedro Lima, está praticamente tudo realizado. “A segurança foi uma parte desse investimento. Algum desse investimento foi para a linha em si e para a sua requalificação, assim como passagens de nível, etc. Em termos de segurança também houve um investimento muito grande e penso que tudo está feito. Falta sim coragem política”.
Pedro Lima diz a região não esqueceu esta promessa e que tem reclamado a concretização do plano. “As prioridades, hoje em dia, nos meios de comunicação social, não são estas. Não é o território, não são coisas que podem trazer dinamismo ao território. São outras coisas. Casos e casinhos. Mas, enquanto eu tiver força nesta voz, irei lutar para que o Plano de Mobilidade do Tua seja uma realidade, para que se estabelece a legalidade da DIA”.
O Plano de Mobilidade do Tua está num impasse há alguns anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário