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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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terça-feira, 21 de novembro de 2023

ANTIGA MORADORA NA ESTAÇÃO DA CP DE MIRANDELA FELIZ COM AS OBRAS: "PARTIA-ME O CORAÇÃO VER UMA CASA ONDE FUI TÃO FELIZ ESTAR NAQUELE ESTADO"

 GRACIETE JERÓNIMO CHEGOU A ESTUDAR NO TELHADO DAQUELE EDIFÍCIO EMBLEMÁTICO AGORA REQUALIFICADO.


Para além dos jornalistas, na visita guiada à renovada estação da CP, esta segunda-feira, também estava alguém que viveu naquele edifício com a sua família durante dez anos.

Graciete Jerónimo ali viveu entre 1966 e 1976, dos 12 e os 22 anos de idade. Graciete recorda memórias felizes. “Lembra-me de eu e a minha irmã nos sentarmos naquelas escadas a ler os livros do Crime do Padre Amaro, os livros da Sara Beirão e as vizinhas a trabalharem nas suas rendas. Na cozinha, havia uma janela que dava para o telhado e era para lá que ia várias vezes a estudar”, diz.

Em cada canto da renovada estação da CP, Graciete descrevia as diferenças daquilo que existia no passado. “Vivi no último andar, mas havia várias famílias nos diversos andares e no primeiro andar é que havia uma família de um lado e do outro havia escritórios e dormitórios”, conta.

Graciete Jerónimo recorda com emoção os momentos de felicidade e de convívio que viveu naquele edifício emblemático durante uma década. “Fizemos aqui muitas festas, porque a família que vivia na parte do restaurante também tinha um grande salão e a cada passo fazíamos convívios, era tudo muito unido e foi muito bom”, refere com emoção.

A viver em Mirandela, Graciete diz estar feliz com o resultado desta intervenção, porque confessa que lhe "partia o coração passar por ali e ver diariamente o edifício a degradar-se". 

Agora, com 69 anos de idade, a ex-moradora da antiga estação da CP deixa um desejo: “Gostava de ver também na parte exterior uma máquina de caminho-de-ferro, porque quando foram festejados os cem anos da linha” (em 1987) “prometeram uma máquina para Mirandela, mas até à data ainda não chegou. Gostaria de a ver lá”. 

Um desejo de quem chegou a viver na antiga estação da CP de Mirandela, entre 1966 e 1976.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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