sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Dr. Hirondino Paixão Fernandes – O Erudito da salvaguarda da memória escrita do distrito de Bragança

 O documento do mês dá relevo à personalidade ímpar do Dr. Hirondino da Paixão Fernandes, onde se desvela um caráter de grande erudição de grande labor incansável e grande investigador de rigor na senda da pesquisa histórica, no que concerne à tradição dos grandes vultos da nossa referência cultural. É imperioso referir a monumental obra do distrito de Bragança em 10 volumes como tratado absoluto da sua grandiosa obra-prima.


Salientamos a sua rica biografia de múltiplas experiências e vivências, onde a escrita foi o seu subtil amor que encarnou na sua vida, estamos sim, perante um grande vulto que sempre viverá na nossa memória coletiva eterna.

Nasceu em 07.06.1931 no Parâmio, concelho de Bragança. Concluída a instrução primária, ingressa no Liceu Nacional Emídio Garcia (Bragança). Em 1950 conclui o 7.º ano e matricula-se na Faculdade de Letras da UC. Em 1956 conclui a licenciatura, Aproveita esse fim de ano para fazer um curso de língua galega na Univ. Int. de Menendez Pelayo, Santander. Em nov. 56 é nomeado prof. prov. do 8.º grupo, da Esc. Ind, e Comer. de Leiria. Aí, além das atividades docentes, foi incumbido de organizar a Bibl. pelo que foi louvado pela Escola. Em nov. 57 está em Bragança na Esc. Ind. e Comercial e em 1959 aí funda Presença (boletim). Em 1961 é nomeado para o Liceu de Bragança. Em nov. desse ano obtém licenciatura em Filologia Românica na Fac. Letras da UC. Em 1962 inicia funções docentes na Esc. Ind, e Com. Brotero (Coimbra). Em 4.9.1964 toma posse do cargo de Diretor da Esc. Ind. e Com. de Bragança. Em 15.6.1965 é empossado como prof. efetivo da Esc. Tec. de Mirandela. Em 1965 é eleito deputado à IX legislatura da AN. Em 7.6.1966 toma posse do lugar de Prof. Efetivo da Esc. Ind. e Com. de Bragança. Em 1974 é convidado para inspetor- adjunto da Inspeção Provincial de Educação de Moçambique. Não aceita. Em 13.8.1974 cessa funções como Diretor da Esc. Ind. e Com. de Bragança e regressa a Coimbra. Foi louvado pela sua atividade naquele estabelecimento de ensino. Em 1986 é nomeado Diretor do Gabinete de Audiovisuais da Esc. Sec. de Avelar Brotero(Coimbra). É, inegavelmente, o autor Com 92 anos, Transmontano com maior número de obras publicadas, de entre os vivos. A mais representativa, por trabalhosa e importante chama-se: Documentos (textos) Publicados, Série Documentos – Bibliografia do distrito de Bragança (2 tomos), Bragança (1 993), com 544 e 590 págs., respetivamente. No mesmo ano saíram mais 2 volumes: Ministério do Reino (ANTT), 242 págs. e Desembargo do Paço (Repartição do Minho e Trás-os-Montes, maços 1-428), 284 págs. Igualmente de 1993 data: Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal). Em 1989 saíra: Estudantes do distrito de Bragança no Colégio das artes de Coimbra.

Outra bibliografia: – Aniversário a relembrar, 1980. – Aprendemos a dizer. 1970. – Audiovisuais (Os), o ensino da literatura e o Clube de Fotografia e Cinema da Escola Industrial e Comercial de Bragança, 1972. – Bacharéis do distrito de Bragança que leram no Desembargo do Paço, 1987. – Bibliografia do distrito de Bragança: Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal) e Monsenhor José de Castro, 1986. Caranguejolas daqui e dali, 1966. – Cartas aos Encarregados de Educação, 1965, 1966, 1967, – Cartas de amor populares, 1965. Cartas do Abade de Baçal a José Montanha, 1972. – Cartas inéditas do Abade de Baçal, 1965. – Contos de espanhóis, carções e ciganos (Parâmio, Bragança), 1981. – Da cultura do linho cânhamo em Moncorvo, 1981. – E eu a cuidar… 1984. – Enquanto se lhe não pode dar mais. – Entrevistas, 1970, 1973. – Falar (0) de Guadramil, 1 – Estudo lexical, 1967. – Férias 86, em Vila Arçã, 1986. – Foi assim que aconteceu… 1963. – Folclore (0) do Parâmio. 1966. – Hora (A). 1977, 1978. – Imagem (A) e o som no ensino da literatura portuguesa, 1973, – Inéditos do Abade de Baçal, 1974. – Inquérito (0) linguística Boléo no distrito de Bragança (ILB). 1987. – Intervenções na Assembleia Nacional, 1966, 1967, 1968, 1969, – Jogo (0) do pião. Contribuição para o seu estudo. 1971. – Mais vale uma hora de sábio… ou O rifoneiro e o ensino, 1973, – Nomes de lugar, 1959. Novas Caranguejolas daqui e dali, 1973. Para a Bibliografia do distrito de Bragança:

Nota prévia, 1981, – 1, Manuscritos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1981. – 2. Manuscritos do Arquivo da Universidade de Coimbra, 1982-1984. – 3. Manuscritos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 1982-1984. – 4. Manuscritos do Gabinete de Estudos de Arqueologia e Engenharia Militar, do Arquivo Histórico- Militar, do Instituto Geográfico e Cadastral, etc. 1984. – Para uma bibliografia do distrito de Bragança, 1972. – Parâmio (0). Apontamentos para um Visitante, 1983, 1985. – Parâmio (0). Contribuição para o estudo da linguagem e etnografia da região Bragançana, 1961. – Parole, Parole, Parole, 1973. – Páscoa 87, em Vila Arçã, 1987. Regimento do celeiro comum de Freixo de Espada à Cinta, 1986. – Religiosidade (A) do concelho de Bragança vista através da sua toponímia, 1983. – Rifoneiro (0) e a alimentação, 1974. – Saúde (A) e o rifoneiro de Bragança, 1970. – Seara Hoje. (1, 2, 3). 1975, 1976. – Um mestre que teima em se desconhecer, 1967. – Um mestre que vai colaborar, 1967. – Um pequeno curso, uma grande lição. Normas de conduta em sociedade extraídas do rifoneiro regional, 1969. – única (A) maneira, 1981. – Verde pino, 1974. – Virtude (A) da esperança, 1987.

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança

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