A câmara municipal de Mirandela, que organiza a feira da alheira em parceria com a Associação Comercial e Industrial local - entidade gestora da Alheira de Mirandela IGP (Indicação Geográfica Protegida) - anunciou, esta manhã, em conferência de imprensa, que a novidade da 24ª edição passa pela “integração do setor da caça”, que leva a aumentar de três para quatro dias a duração do certame. “No primeiro dia, está agendado o encontro venatório do Nordeste Transmontano e também acontece o Encontro Cinegético do Município de Mirandela, eventos que vão trazer até à nossa cidade cerca de 500 entusiastas do mundo da caça, um setor também importante e de relevo para a economia local e regional”, refere a presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues.
Tal como na edição do ano passado, a feira dedicada ao produto ex-líbris de Mirandela, que decorre de 29 de fevereiro a 3 de março, volta a apostar no alargamento da área do certame a mais zonas da cidade. “Como foi uma aposta ganha, vamos replicar o modelo do ano passado, estendendo a feira para a zona pedonal da Rua da República, para acolher e aos jardins do mercado municipal, além da zona nobre do Parque do Império, junto ao rio, onde vamos manter o centro da festa, concentrando a zona comercial, a restauração e os espetáculos”, acrescenta a autarca.
Além dos 90 expositores aguardados no evento, que associa gastronomia, comércio e entretenimento, haverá “degustação de iguarias, sessões de showcooking no espaço saborear com a presença de quatro chefs de afincada ligação ao território, que vão dar a conhecer ao público as melhores técnicas de trabalhar os sabores dos produtos locais, sem esquecer o habitual cartaz musical”, conta Júlia Rodrigues.
Ao longo dos quatro dias da feira, há outras atividades paralelas, com destaque para um seminário sobre turismo, produtos endógenos e sustentabilidade, um passeio todo o terreno, um desfile equestre, e a animação musical está a cargo de Rebeca (sexta-feira) e Jorge Guerreiro (sábado).
O evento tem um orçamento de 200 mil euros.
PRODUTO GERA MILHÕES DE EUROS
Há mais de duas décadas que o evento serve de montra ao peso económico deste produto que é o mais representativo de Mirandela. “Para além da sua autenticidade, a alheira de Mirandela converteu-se num negócio que já ultrapassa os 30 milhões de euros anuais, em que as empresas produtoras, as cozinhas regionais e os pontos de venda espalhados pela cidade criaram cerca de 750 postos de trabalho”, assegura a autarca.
Atualmente, o setor tem sete empresas produtoras (cinco delas certificadas para produzir alheira IGP), 12 cozinhas regionais e dezenas de lojas de venda de fumeiro.
Em 2012, a alheira passou dos 13 para os 23 por cento, mas, desde o início deste ano volta a ter a taxa intermédia, depois de ter sido aprovada, na Assembleia da República, a proposta de alteração do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA).
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