segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

PRISÃO PREVENTIVA PARA SEIS DOS ONZE DETIDOS POR TRÁFICO DE DROGA EM VILA FLOR E MIRANDELA

 O Tribunal Judicial de Vila Flor decretou, ao final da manhã, desta segunda-feira, aplicar a medida de coação mais grave (prisão preventiva) a seis arguidos (3 casais) dos 11 que foram detidos, na passada quinta-feira, durante a operação “Terra Branca”, coordenada, pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR, suspeitos de pertencer a uma rede organizada de tráfico de droga a operar em Vila Flor e Mirandela, no distrito de Bragança, adiantou fonte ligada ao processo.


Ainda segundo a mesma fonte, os restantes cinco arguidos ficam a aguardar o desenrolar do processo em liberdade. Dois deles com apresentações diárias às autoridades. Outros dois detidos têm de se apresentar três vezes por semana e o outro fica com Termo de Identidade e Residência. Todos estão proibidos de contacto entre eles e com pessoas relacionadas com o processo.

Esta operação, que contou com o apoio de diversas valências daquela força de segurança e ainda de agentes da PSP, foi o culminar de uma investigação que já durava há dois anos, tendo sido realizadas diligências que permitiram apurar que o grupo de indivíduos atuavam em rede e com tarefas específicas, revelou, na passada sexta-feira, o comandante da GNR de Mirandela.

Segundo o capitão Hugo Torrado, o produto estupefaciente, nomeadamente, cocaína e heroína, “era adquirido junto de grandes centros” (Porto, Leiria e Setúbal), e “transportado até pequenas localidades do concelho de Vila Flor e da cidade de Mirandela, onde o produto era adulterado, tornando-o ainda mais rentável, e posteriormente dissimulado na via pública ou enterrando em terrenos agrícolas para posteriormente o vender a consumidores de todo o distrito de Bragança”, adiantou.

No decorrer desta operação, foi dado cumprimento a 11 mandados de detenção, 14 mandados de buscas domiciliárias e 8 não domiciliárias nos concelhos de Vila Flor e Mirandela.

Além das detenções, foram apreendidas 382 doses de produto estupefaciente (cocaína, heroína, haxixe e canábis), 10 235 euros em numerário, uma pistola, duas caçadeiras, 65 cartuchos zagalote, cinco cartuchos, 20 munições, 22 telemóveis, uma viatura, vários objetos destinados à pesagem, acondicionamento e distribuição de produtos estupefacientes, três motosserras, diversas ferramentas, eletrodomésticos, bicicletas, trotinetes e dois geradores.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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