Atualmente, a ZI de Mirandela, perto da saída Norte da Autoestrada n.º4 (A4), tem 137 lotes com 850 postos de trabalho, 45% dos quais referentes à indústria transformadora.
Com este alargamento de 13,5 hectares, vão poder passar a 178. Espera-se que possam gerar 165 novos empregos.
Segundo Júlia Rodrigues, está já também em estudo a criação de uma nova ZI, devido à elevada procura, acima da oferta, para a área de acolhimento empresarial expandida.
Num “processo longo que demorou vários anos”, e mais tempo do que o que gostariam, disse Júlia Rodrigues aos jornalistas numa visita à empreitada, está agora perto a fase de candidaturas de distribuição dos terrenos, cujo regulamento já está aprovado.
“(…) Contamos no primeiro trimestre deste ano lançar o aviso de candidatura.(...) Para 41 lotes temos praticamente 70 empresas que demonstraram interesse em terrenos na zona de expansão. (...) Temos a convicção que esta área de expansão vai fazer a diferença também na criação de postos de trabalho (...)”, adiantou a autarca.
Por isso, afirmou ainda Júlia Rodrigues, o concurso tem critérios para a aprovação, como a capacidade de criação de postos de trabalhos ou a sustenbilidade ambiental. Neste último âmbito, para tornar o espaço mais verde, estão a ser plantadas 1.000 árvores novas.
O município mirandelense submeteu em 2018 uma candidatura ao Programa Regional do Norte, o NORTE2020. A empreitada que arrancou em 2021 custou quase 2,5 milhões de euros, comparticipada a 85%, está agora concluída. Foram feitos trabalhos de terraplanagens, pavimentação, sinalização, iluminação e ligações para luz, gás e água.
Júlia Rodrigues avançou ainda que, tendo a elevada manifestação de interesse por lotes no último ano e meio, está já em estudo uma nova Zona Industrial, junto à saída Sul da A4 e que prevê ocupar 20 hectares.
“Estamos já a trabalhar com a revisão do Plano Diretor Municipal, com um estudo de viabilidade económica e financeira para uma nova Zona Industrial. Criámos uma unidade operativa de planeamento e gestão junto ao nó [Sul] da A4 (…)”, explicou Júlia Rodrigues.
A presidente afirmou ainda que têm como objetivo que dentro de uma década Mirandela seja “o motor do desenvolvimento económico da região”, quer pela centralidade quer pelas “grandes e boas empresas” que apostam no concelho do distrito de Bragança. Por isso, é necessário investir na "dispobinilidade de terrenos" para fixar negócios.
A socialista admitiu que é um processo moroso, que o município quer começar o mais rápido possível.
“(…) Temos que começar já, para que antes ainda de termos esta nova área de expansão da ZI repleta de empresas possamos ter outras oportunidades de recolocações e para novas empresas que se queiram fixar em Mirandela”, concluiu Júlia Rodrigues.
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