quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia manifestaram-se para exigir cumprimento da legislação laboral

 Segundo o sindicato “desde o início do ano, os trabalhadores da SCMB estão subjugados ao despotismo implantado pela Mesa Administrativa, que tomou posse em Janeiro, e a postura do “quero, posso e mando” foi-se revelando”.


O STFPSN, “atento às queixas apresentadas pelos trabalhadores, reuniu com o Provedor a 1 de Fevereiro deste ano, tendo já na altura abordado incumprimentos na fixação/alteração de horários de trabalho, falta de condições de trabalho, entre outros assuntos. O resumo dessa reunião foi: a SCMB tem um passivo enorme e é necessário fazer alguns “ajustes”. Foi comunicado ao Sr. Provedor a disponibilidade dos trabalhadores para sanar as questões graciosamente, o que não surtiu qualquer efeito, bem pelo contrário! Desde então, foram vários os ofícios enviados à SCMB alertando para os contínuos, e em crescendo, atropelos à lei. O Sr. Provedor votou-se ao silêncio, como se fosse essa a forma de resolver os problemas que os próprios criaram”, explica o sindicato.

“Mas enquanto a SCMB opta pelo silêncio para com o STFPSN, vai infernizando a vida dos trabalhadores. Ora com alterações ao horário de trabalho dum dia para o outro, ora com instruções para trabalhadores executarem tarefas para as quais não foram contratados, pressionando trabalhadores para assegurarem o trabalho de outros (que, entretanto, não viram os seus contratos renovados), e também, mas obviamente por pura coincidência a intenção de despedimento dum nosso delegado sindical”, acrescenta a mesma nota do sindicato.

Numa nota de imprensa, a Santa Casa da Misericórdia de Bragança explica que “no exercício das competências legais e estatutárias que lhe estão conferidas, a Mesa Administrativa procurou gerir os recursos humanos que prestam atividade profissional na instituição em conformidade com a lei e com os regulamentos aplicáveis, com sensibilidade para as suas necessidades, as quais procurou acomodar na medida do possível, e tendo sempre presente a salvaguarda dos interesses da Santa Casa da Misericórdia”.

A mesma informação indica que o comunicado divulgado pelo STFPSN “pretende cumprir uma função de desestabilização do funcionamento da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, sustentado num conjunto de afirmações sem adesão à realidade e que não deixarão de merecer resposta em sede judicial”.

A Mesa Administrativa da SCMB reafirma ainda “o compromisso de levar por diante as reformas necessárias para garantir que a Santa Casa da Misericórdia continuará a servir os Bragançanos, tal como tem feito ao longo dos últimos 506 anos, respeitando os direitos legais e contratuais dos trabalhadores”.

Glória Lopes

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