quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Corane quer incentivar produtores de castanhas a apostar na riqueza escondida dos cogumelos

 Chama-se Bioeconomia e é um projeto coordenado pela Corane, a Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, e pretende valorizar os produtos locais das zonas rurais, seguindo as diretrizes do PDR2020 e do Portugal2020. “A cooperação apresenta-se como uma solução para os territórios parceiros, dado apresentarem múltiplos problemas comuns na área do desenvolvimento”, frisou a presidente da Corane, Fernanda Silva, vice-presidente da Câmara de Bragança, à margem da apresentação pública do projeto, na passada quinta-feira.


Princípios como a proteção ambiental e da biodiversidade, o uso dos recursos naturais locais de forma sustentável, fortalecimento dos mercados locais e cooperação entre produtores e indústria transformadora, estão na base deste projeto, e contribuirão para o progresso dos territórios envolvidos, sustenta a Corane.

O projeto envolve 11 parceiros do norte e centro do país. “A cooperação dos parceiros do projeto irá gerar conhecimento global nos seus territórios, o desenvolvimento das tecnologias de base, novas linhas de produção, inovação social, transferência de tecnologia”, assume a Corane, que produziu seis guias sobre o aproveitamento da resina, dos castanheiros, dos cogumelos, das trufas, dos frutos vermelhos das plantas aromáticas e medicinais.

Fernanda Silva explicou que o projeto de Bioeconomia “vem permitir duas grandes dimensões”. “Em primeiro lugar, este trabalho integrado e este estudo e conhecimento partilhado de várias associações de vários territórios, que resultou na elaboração destes guias, que traduzem aquilo que são os produtos de valor acrescentado dos territórios e podem permitir que o cidadão comum descubra aqui que pode vir a ser um empreendedor na área da agricultura. Às pequenas e médias empresas também e às grandes empresas como os restaurantes verificarem de que forma podem alavancar e transformar este produto num valor acrescentado.

E consciencializar a sociedade para a importância que estes produtos têm na promoção do próprio território”, sustentou a mesma responsável, acreditando que “poderá estar aqui um nicho de mercado que não está a ser aproveitado”.

(Artigo completo disponível para assinantes ou na edição impressa)

António G. Rodrigues

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