A Rádio Brigantia celebra hoje 38 anos. Numa região desertificada, é a companhia dos idosos, mas também animação de alguns estabelecimentos.
Às 22 horas de 17 de Outubro de 1986 nascia a Rádio Brigantia. Aquela que viria a ser a companhia de muitos na região surgiu, clandestinamente, com a mensagem de “amigos serão sempre amigos”. Pelas ruas de Bragança é possível ouvir a rádio do coração que vem das colunas de vários estabelecimentos comerciais, como a sapataria de Leonel Teixeira. “Gosto de ouvir a Brigantia e é nossa. Quando chego a primeira coisa que faço é ligar a rádio, ligo as luzes e automaticamente liga a rádio”, contou o comerciante.
As madrugadas começam com Nicolau Sernadela que a partir das seis da manhã se transforma em Tio João, um dos programas mais ouvidos da Rádio Brigantia.
Ao almoço e ao jantar Rui Mouta, Carla Ferreira e Paulo Afonso entram pela casa dos ouvintes. É hora dos Amigos da Onda.
Seja em 97.7 ou 97.3, a animação não falta na lavandaria de Natália Pires. “Está sempre a dar, sempre a bombar aqui na lavandaria. Gosto das pessoas que trabalhavam lá e gosto de ouvir a Brigantia, que é a nossa rádio. Gosto muito de música e acho que a rádio dá alegria, ajuda a trabalhar mais rápido”, frisou.
Mas além da animação, dá também a conhecer o que se passa na actualidade, com os noticiários sobre a região.
São 38 anos da primeira rádio de Bragança. A voz de muitos, salientou o director de programação, Paulo Afonso. “A Rádio Brigantia é um caso de sucesso muito graças àquilo que também são as gentes da nossa região, que sentem na nossa rádio o que é a sua voz. Continuamos a acreditar que somos muitas vezes, quase sempre, a voz daqueles que muitas vezes não a têm. A Rádio Brigantia permite que tenhamos a garantia da veracidade”, frisou.
Se inicialmente o principal desafio era a profissionalização de quem ali trabalhava, actualmente as taxas, contribuições e direitos de autores são o grande obstáculo para a sobrevivência das rádio locais.
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