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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Obra que esteve meses sem autorização de ocupação de via pública em Bragança causa diversos problemas ao restaurante Sotinho

 Vários comerciantes de Bragança estão a queixar-se dos constrangimentos que uma obra na Rua Combatentes da Grande Guerra tem causado aos seus negócios


A empresa responsável pela empreitada esteve até mesmo durante meses a ocupar a via pública sem licença. As obras decorrem num edifício junto ao restaurante Sotinho, onde tem havido problemas por causa da obra. Além de dizerem que enquanto estava a decorrer a obra, os detritos caíam na esplanada do restaurante, os proprietários apontam ainda que já sem trabalhos no exterior continuaram a ocupar a via pública e sem licença, tirando visibilidade ao restaurante. A licença de ocupação da via pública terminou em Março, mas só em Julho a empresa Escalas e Croquis pediu novamente autorização, conta João Saldanha. “Há um requerimento que entrou dia 10 de Julho, meses depois de ter acabado a licença. E dia 16 de Julho há um parecer desfavorável, da equipa técnica, e dia 29 Julho há um novo requerimento e foi deferido dia 9 Setembro. Ou seja, desde o 29 de Março a 9 de Setembro não há licença para estar a ocupar o passeio. Agora, o que é que é isto? Onde é que está a fiscalização?”.

A empresa tinha solicitado autorização para ocupar a via pública na Rua Combatentes da Grande Guerra entre 1 de Agosto e 1 de Novembro. Mas a câmara entendeu que esta autorização se podia prorrogar até ao Natal. “Este requerimento que entrou no 29 de Julho era para utilizar por três meses, ocupar a via pública desde o dia 1 do Agosto a 1 de Novembro. Além disso, não há requerimento nenhum. Foi feito um despacho que a licença ia do dia 26 de Setembro 9 ao 26 de Dezembro. Mas que palhaçada é esta?”.

Na outra fachada da obra, na Rua Abílio Beça, o tapume já foi tirado há vários meses, o que se torna incompreensível para João Saldanha que se mantenha a protecção junto ao restaurante. “Desde o dia 22 de Abril até o dia 29 de Outubro não entrou ninguém pela zona da Rua Combatentes da Grande Guerra. Mais, tem uma rede para que não se veja que o pavimento já lá está desde essa altura. Está em passeio, já está pavimentado. O que é que está a fazer um tapume tanto tempo sem que fosse necessário? Tiravam-no e voltavam-no a pôr agora. Quando? Metiam requerimento em Setembro, porque é agora que parece que fez falta”.

A situação tem vindo a causar problemas ao negócio, uma vez que a protecção da obra tapa a visibilidade do restaurante. “Como é que vamos resolver o problema de nós na primavera e verão termos tido uma limitação superior a 60% no volume de facturação? Quem é que vai pôr o pão na boca do meu filho? Alguém tem de pagar por isto. Nem que seja de uma forma social. Porque há pessoas que não têm competência para estar nos sítios. E a prova evidente disso é aquilo que aqui está. Ou então têm competência e estão subjugados a determinadas decisões de algumas pessoas”.

Além do restaurante Sotinho, já outros comerciantes da mesma rua se queixaram à Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança pelos constrangimentos que a obra está a causar. Na Feira das Cantarinhas, que aconteceu no final de Abril, a organização do evento naquela rua teve de ser alterada devido à obra, sendo que nessa altura a empresa nem tinha licença para ocupar a via pública.

O município de Bragança confirmou, por escrito, as datas e os requerimentos feitos. Perante as queixas decidiu “autorizar a ocupação pelo período de tempo mínimo indispensável, que se considerou de 3 meses”. Questionado o presidente da Câmara, Paulo Xavier, sobre a empresa ter ficado vários meses sem licença, respondeu, por escrito, que foi um “lapso” e “associaram que estava tudo em ordem quando foi renovado o alvará” até Fevereiro do próximo ano. Realçou ainda que por se tratar de uma zona histórica, a empresa está isenta de taxas, pelo que o município não teve qualquer benefício nesse sentido.

Também telefonámos várias vezes ao proprietário da empresa, Armindo Pais, pai da vereadora do município Olga Pais, que também tem ligações à firma, mas nunca atendeu.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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