O mais recente protocolo foi assinado na segunda-feira e, de acordo com o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Bragança, José Fernandes, "é o melhor protocolo de sempre".
"É um apoio substancial mas há outros apoios que não estão vertidos no protocolo. Este é um excelente protocolo. Será o melhor que os bombeiros já tiveram. Têm um acordo para servir e proteger as pessoas, os seus bens, os seus animais e a natureza", frisou o responsável por aquela associação humanitária, que recebe 351 mil euros, para além de um outro apoio para a pavimentação do espaço envolvente ao quartel (80 mil euros) e cerca de 350 mil euros para uma candidatura para a retirada de amianto do telhado do quartel.
Neste protocolo agora assinado, a associação brigantina é apoiada com 351 250 euros. Trata-se de uma subvenção financeira destinada a comparticipar os custos de funcionamento do atendimento permanente do Serviço Municipal de Proteção Civil, do Grupo de Intervenção Permanente e do Serviço Básico de Salvamento e Luta Contra Incêndios, bem como despesas relativas ao abastecimento de água às populações, a serviços de Autoescada e ao apoio prestados às atividades e eventos do Município.
"Aos Municípios cabe a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações, sendo que as Associações Humanitárias de Bombeiros desempenham um papel imprescindível e de grande relevo na prestação de serviços públicos no âmbito da segurança e do socorro das populações e respetivos bens, nas situações de emergência, pelo que estes protocolos são indispensáveis”, frisou Paulo Xavier, presidente da Câmara de Bragança.
Além deste valor o protocolado, a Câmara de Bragança suporta, ainda, 92 372,36 euros, que fazem face a 50 por cento dos encargos anuais para o funcionamento da Equipa de Intervenção Permanente (EIP), bem como 34 570 euros relativos a seguros.
Já a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda recebe um apoio financeiro anual de 114 500 euros, com vista a suportar encargos relacionados com o atendimento permanente do Serviço Municipal de Proteção Civil, o abastecimento de água às populações, serviços de Autoescada e o apoio prestado a atividades e eventos do Município.
A par deste protocolo, o Município de Bragança assegura, também, o pagamento de 92 372,36 euros para o funcionamento da Equipa de Intervenção Permanente e 9 364 euros para seguros.
"Se não fosse esta ajuda que a Câmara nos dá, os bombeiros teriam de fechar portas. Houve um reforço da verba porque tudo aumenta.
Representa cerca de 30 por cento do nosso orçamento (560 mil)", frisou o presidente da associação izedense, João Lima.
No entanto, apesar deste protocolo com a autarquia, João Lima lamenta o atraso na instalação de um Posto de Emergência do INEM (PEM), que poderia representar um acréscimo de cinco mil euros mensais para a corporação.
"O protocolo com o INEM é uma desgraça. O Estado não põe fé às associações do interior. Os nossos doentes são transportados porque a Associação suporta todas as despesas.
Não são só os das capitais que precisam. Também temos de transportar os nossos doentes.
Como vêem que trabalhamos bem... Nós, em INEMs, estamos 50 por cento acima das corporações do distrito de Bragança. Só as quatro cidades é que estão acima de nós, as restantes fazem menos serviços do que nós e não somos contemplados com um posto PEM", lamentou João Lima.
Já a corporação de Bragança aguarda, ainda, a aprovação de uma terceira equipa de intervenção permanente (EIP), há muito prometida e que esteve para ser atribuída há um ano, antes da queda do anterior Governo.
"Aguardamos que a terceira EIP seja desbloqueada. Da parte da autarquia já temos a garantia do apoio. E esta terceira EIP bem falta nos faz", sublinhou José Fernandes.
"Veja-se o que aconteceu esta semana, com o mau tempo. Os homens eram poucos para tantas solicitações", frisou.
Sem comentários:
Enviar um comentário