Foi um dia para recordar vários jogos que podem cair no esquecimento, como o fito, a raiola, a relha, a malha e a corda.
Os primeiros classificados recordaram tempos antigos para além de ser também uma tradição:
“Participei na raiola, porque gosto muito. Desde que sejam jogos tradicionais eu gosto sempre de participar. Na minha aldeia, antes, jogavam a este jogo, era mais os senhores. Agora já é tudo misto”, confessou Maria Ricardo do Lombo.
“Ganhei o primeiro lugar em relha, não é a primeira vez que participo, já joguei muitas vezes. Gosto de jogar, porque é um desporto e jogamos quase sempre todos os anos. Também trouxe amigos e família. Os meus irmãos e meu pai, que ficaram em primeiro lugar e segundo”, destacou Armando Galito, de Izeda.
Os primeiros classificados no fito foram Francisco Ventura e Abel Rocha dos Olmos, e na raiola em segundo. Já jogamos há muitos anos, há mais 50 anos. Eu já tenho 73 anos. No ano passado, ganhámos a raiola, este ano ganhámos o fito. Está “porreiro”. Está a correr bem”, informou Francisco Ventura.
O jogo é quem não ganhar, perde. O que fizer mais tentos, é quem ganha. E os que perdem nunca ficam tão contentes como os que ganham. Estou feliz, sim senhor, e cada vez mais, disse Armindo Rodrigues.
Já pratico esta modalidade há muitos anos, desde os meus 6, 7 anos. Venho representar a aldeia de Olmos. Antigamente toda a gente jogava ao fito, à rede, cartas, chino, entre outras, disse Altino dos Anjos.
“Até jogava com moedas. Já não se pratica muito nos Olmos, porque certas tradições antigas vão-se perdendo. Mas nós temos a coragem e a valentia de ainda representar o concelho de Macedo, para ir para qualquer lado. Somos poucos, mas bons”, acrescentou Armindo Rodrigues.
A organização do quinto encontro esteve a cargo do Município de Macedo de Cavaleiros. O balanço é positivo destaca Rui Vilarinho, vice-presidente da autarquia, salientando que foi um dia único:
“É sempre positivo, ao longo dos cinco anos que organizamos os Jogos Tradicionais. Não sei precisar se há mais ou menos pessoas, mas a adesão foi grande. E de qualquer forma, não estamos a contar as pessoas. Organizamos tipo de iniciativas porque temos que participar também nos Jogos Nacionais, que decorrem todos os anos em diferentes concelhos do distrito de Bragança, e nós fazemos parte integrante deste processo, portanto temos que fazer estes jogos, e é um momento, é um dia único, por excelência, onde as pessoas vêm das nossas freguesias e da sede de concelho também, para jogar os jogos tradicionais”, declarou Rui Vilarinho.
Também houve modalidades a pensar nos mais petizes e ainda para pessoas portadoras de deficiência.
Os primeiros classificados de cada modalidade vão participar na final, organizada pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, que vai acontecer em Miranda do Douro, no dia 15 de junho.


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