sexta-feira, 6 de junho de 2025

ESTAÇÃO DAS ARTES ACOLHE ESTA NOITE LANÇAMENTO DO LIVRO DE POESIA "SALPICOS DA ALMA" DA AUTORIA DO MIRANDELENSE JOSÉ RIBEIRO

 José Ribeiro, 46 anos, natural de Mirandela, prepara-se para apresentar, esta noite, na Estação das Artes, o seu livro de poesia “salpicos da alma”. O autor explica a razão do título dado à obra. “A alma está sempre presente. Está presente no livro, está presente na minha vida, está presente na minha forma de ver o mundo e de colocar sentimento nas coisas todas. Então, alma, para mim, é alma nesse sentido. Com alma é com caráter, com vontade, com paixão, com amor. O Salpicos representa um pouco isto, não é um tema estanque, eles são avulsos e falam sobre várias coisas”, conta.


José Ribeiro revela que a principal motivação para avançar para este livro de poesia prende-se com a necessidade que sentiu de “homenagear a capacidade de resiliência, de serem altruístas para com outros”, de várias pessoas que de alguma forma o têm marcado no seu percurso. “O José Neto, que é o padrinho da minha mulher, tem-me ajudado sempre na correção de textos. O Hélder Sobral, pela sua condição física, mas que ainda assim consegue superar-se, ainda ser ele a tomar conta da família. A Nené, como carinhosamente a trato, a Maria Manuela de Menezes Fernandes, que é uma senhora que conhecemos e que é o sinónimo máximo da resiliência, porque tem tido doenças, supera-as, e tem sempre uma palavra de carinho e de esperança e de enfrentar a vida. Não poderia deixar de mencionar isso no livro. Também o Duarte Luz, porque tem estado sempre presente e faz questão de estar presente nestes momentos. E o Hugo Ribeiro, que também me ajudou mais especificamente em relação a este livro”.

Este é o quinto livro de José Ribeiro e com várias temáticas. Dois livros relacionados com a comédia – “Adoro fazer o Humor” e “O Mundo a Sorrir” – outro mais técnico escrito em co-autoria com Rui Magalhães – “40 Anos da Democracia Local” – e um outro de poesia – “Pedaços de mim”.

José Ribeiro tem explicação para esta versatilidade. “Costumo dizer que nunca não sou muito bom em nada, porque não me consigo dedicar em exclusivo a alguma coisa. Esta versatilidade também é expressa depois na literatura e, deste modo, causa-me alguma confusão. Cai fora do meu gosto fazer-se poesia com humor e são áreas que gosto. Entendo que possa meter confusão em algumas pessoas, como foge da variante da poesia, que para mim é muito mais séria, com muito mais sentimento. Não gosto de ver misturada, por exemplo, poesia com humor, música com humor e gosto das três. Mas gosto das três, cada uma no seu canto”, refere.

Nestes anos que tem dedicado à escrita, o autor nota sinais de enorme evolução. “Tem havido um amadurecimento enorme. Nota-se no abandono da quadra para a prosa. É uma coisa que falo sempre com o Duarte Luz, meu amigo e para mim o melhor declamador nacional de poesia. E quando abordo estas questões com ele, notamos, mutuamente, que há um enriquecimento, de facto mesmo, na escrita”.

E não vai ficar por aqui. “Sempre que há oportunidade escrevo. E liberto-me, pelo que sempre que continuar a ter esta sensação, vou continuar a escrever, a publicar”, garante.

José Ribeiro conta ter uma boa moldura humana, esta noite, até porque o evento não vai cingir-se a uma mera apresentação de um livro. “Gostava que houvesse afluência porque a ideia é proporcionar sempre uma noite de cultura que vai muito além do mero lançamento”, diz.

Fica a sugestão. Esta noite, às 21 horas, na estação das Artes (antiga estação ferroviária de Mirandela) a apresentação do livro de poesia “Salpicos da Alma” da autoria de José Ribeiro.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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